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China retoma compra de carne bovina do Brasil; habilita 4 novas plantas

Publicado 23.03.2023, 07:43
© Reuters. Frigorífico em Promissão, São Paulo
30/03/2022
REUTERS/Paulo Whitaker
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Por Ana Mano e Nayara Figueiredo

PEQUIM/SÃO PAULO (Reuters) - A China anunciou nesta quinta-feira que concordou em retomar imediatamente as importações de carne bovina brasileira, atendendo a expectativa de que a interrupção sanitária seria relativamente breve, em um passo importante para aguardadas novas habilitações de frigoríficos para o país asiático.

Os chineses ainda habilitaram quatro novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação da proteína bovina ao país, de acordo com informação do site da Administração Geral de Alfândega da China (GACC), sendo as primeiras novas autorizações dos chineses desde 2019.

As vendas de carne bovina do Brasil, que têm na China seu principal mercado externo, tinham sido suspensas voluntariamente pelas autoridades brasileiras em 23 de fevereiro, após a descoberta de um caso atípico da doença da "vaca louca", quando o animal sofre da enfermidade por velhice e não há risco à cadeia produtiva.

A retomada do comércio, de acordo com um comunicado divulgado pela GACC, ocorre após a chegada do ministro da Agricultura brasileiro, Carlos Fávaro, a Pequim, antes da visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva no domingo.

Lula visitará a China acompanhado de uma delegação de 240 representantes empresariais, com a indústria de carnes dominando a delegação em termos de participantes, com cerca de 70 pessoas.

O Brasil também pretende renegociar os protocolos sanitários segundo os quais um único caso atípico de "vaca louca" desencadeia uma proibição de exportação para todo o país.

Os produtores de carne bovina no Brasil poderiam perder até 25 milhões de dólares por dia com o embargo, segundo cálculo da Datagro Pecuária.

Mas algumas empresas brasileiras seguiram exportando à China carne certificada antes do registro do problema sanitário, segundo avaliação de analistas com base nos embarques de março.

NOVAS OPORTUNIDADES

Uma unidade da JBS (BVMF:JBSS3) em Vilhena (RO) foi aprovada para embarque de carne bovina, além de mais três companhias do setor, segundo a GACC. Houve ainda uma fábrica de bovinos reabilitada.

A BRF (BVMF:BRFS3) também teve unidade de frango em Marau (RS) reabilitada para exportação à China, que estava suspensa desde 2021.

O Ministério da Agricultura confirmou em nota as novas aprovações e as reabilitações de frigoríficos, sem citar nominalmente as empresas beneficiadas, e destacou que outras companhias possuem pequenas pendências junto ao GACC, que devem ser solucionadas ainda durante a missão do governo na China.

Antes das quatro novas licenças desta quinta-feira, um total de 37 plantas brasileiras eram autorizadas a vender carne bovina para a China, de acordo com dados da associação de exportadores Abiec. Agora o número sobe para 41.

Sobre a retomada de vendas da proteína ao mercado chinês, a Abiec disse em comunicado que "os embarques devem ser normalizados nos próximos dias".

Cerca de 62% das exportações brasileiras de carne bovina foram para a China no ano passado.

O ministro da Agricultura brasileiro havia apontado para a possibilidade da habilitação de novas fábricas.

"Tenho certeza que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira", disse Fávaro, ao final do encontro com autoridades chinesas, segundo comunicado do ministério.

© Reuters. Frigorífico em Promissão, São Paulo
30/03/2022
REUTERS/Paulo Whitaker

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou na véspera que o governo chinês aprovaria novos credenciamentos para que mais frigoríficos do Brasil pudessem embarcar carne ao país asiático, ressaltando que os anúncios poderiam ser realizados durante a visita de Lula.

Com as notícias, as ações do frigorífico brasileiro Minerva (BVMF:BEEF3) subiram 3,3% no início da tarde, tornando-se o principal ganho do Ibovespa. A rival JBS, com base exportadora bem mais diversificada, chegou a subir 0,5%.

(Por Andrew Hayley e Ningwei Qin, Ana Mano e Nayara Figueiredo em São Paulo)

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