Investing.com - Os preços do cobre operaram em alta nesta quinta-feira, após a gigante de mineração Glencore (L:GLEN) ter anunciado cortes de gastos maiores, uma vez o grupo de commodities está em uma disputa para reduzir a dívida e reforçar seu balanço.
A empresa com sede na Suíça cortou suas despesas de capital para 2016 para US$ 3,8 bilhões, de uma estimativa anterior de US$ 5 bilhões.
No mês passado, a Glencore disse que vai cortar mais 55.000 toneladas da produção de cobre até ao final de 2017, o último de uma série de cortes de abastecimento. Em setembro, a empresa afirmou que vai diminuir a produção de cobre das minas na Zâmbia e na República Democrática do Congo em 400.000 toneladas.
As maiores empresas de mineração do mundo estão se recuperando da forte derrota dos preços das commodities neste ano.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o cobre com vencimento em março subiu 0,8 centavos, ou 0,39%, e foi negociado a US$ 2,072 por libra durante as negociações da manhã em Londres. Enquanto isso, o contrato de três meses de cobre na London Metal Exchange avançou 0,11%, para US$ 4.596,75 por tonelada.
Os traders estão aguardando dados sobre a produção industrial, vendas no varejo e o investimento em ativos fixos da China referentes ao mês de novembro, que devem ser divulgados no sábado, para mais indicações sobre a força da segunda maior economia do mundo.
As negociações fracas e os números de inflação divulgados nesta semana foram somados às preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo. A taxa de crescimento econômico da China desacelerou para 6,9% no terceiro trimestre, de acordo com dados oficiais, ficando abaixo do nível de 7% pela primeira vez desde a crise financeira global.
O cobre está a caminho de marcar uma queda anual de 29% em 2015, uma vez que as preocupações relacionadas com uma desaceleração da economia global liderada pela China assustaram os traders e confundiram o sentimento. A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 45% do consumo mundial.
Em outra parte das negociações de metais, os futuros de ouro operaram em queda nesta quinta-feira, mas ainda ficaram presos na faixa de negociação familiar, uma vez que os participantes do mercado se preparam para o primeiro aumento das taxas nos EUA desde 2006 na próxima semana.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,35% para 97,67. As commodities vendidas em dólar tornam-se mais caras para os investidores detentores de outras moedas quando a moeda dos EUA sobe.
Embora os investidores esperem que o Fed aumente as taxas em sua reunião nos dias 15 e 16 de dezembro, eles preveem um aumento gradual em meio a preocupações com o crescimento fraco no exterior e políticas monetárias divergentes entre os EUA e outras nações.
Os futuros de ouro caíram quase 10% em 2015, a terceira queda anual consecutiva, uma vez que a especulação relacionada com o momento para uma alta das taxas pelo Fed dominou o sentimento do mercado na maior parte do ano. As expectativas de um aumento da taxa de empréstimo no futuro são consideradas pessimistas para o ouro, uma vez que o metal precioso se esforça para competir com ativos de alto rendimento, quando as taxas de juros estão em ascensão.
Os investidores estão aguardando dados norte-americanos importantes para mais indicações sobre a força da economia. Os EUA devem divulgar um relatório semanal sobre os pedidos iniciais de seguro-desemprego às 08h30min., horário do leste, e dados sobre os preços de importação.