Investing.com - A cotação do ouro subia aos níveis mais altos em duas semanas nesta quinta-feira, com o dólar recuando da máxima de quatro meses e meio, já dados inofensivos da inflação dos EUA indicavam que o Federal Reserve permanecerá no caminho certo com aumentos graduais de juros este ano.
Contratos futuros de ouro com vencimento em junho na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York recuavam US$ 9,10 ou 0,69% para US$ 1.322,00 a onça troy por volta das 10h26, menor nível desde 25 de abril.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, tinha queda de 0,52% e chegava a 92,47 às, distanciando-se de 93,26, máxima de quatro meses e meio atingida na quarta-feira.
Um dólar mais fraco tende a impulsionar a demanda por ouro e outras commodities cotadas em moeda dos EUA, tornando-as mais baratas para compradores estrangeiros.
O dólar perdeu força depois que o Departamento do Trabalho informou que a inflação anual subiu 2,5% em abril, em linha com as previsões, mas a inflação mensal subiu 0,2%, menos do que o esperado.
O núcleo da inflação, ou inflação de base, teve alta de 2,1% em base anual no mês passado e teve aumento de 0,1% a partir do mês anterior.
Os dados indicaram que o Fed manterá planos de dois aumentos adicionais de juros este ano, mas reduziram as expectativas de um ritmo mais agressivo de aperto monetário.
Ao mesmo tempo, outro relatório mostrou que os pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA totalizaram 211.000 na semana passada, perto da mínima de quase 48 anos, apontando para uma força contínua em mercado de trabalho.
O dólar foi impulsionado pelo aumento nos rendimentos de títulos dos EUA e pela possibilidade de ritmo mais acelerado de aumentos de juros do Federal Reserve neste ano.
Expectativas de juros mais altos tornam o dólar mais atraente a investidores que buscam bons rendimentos.
Em outras negociações de metais preciosos, contratos futuros de prata subiam 1,25% para US$ 16,74 enquanto os contratos futuros de platina avançavam 0,85% para US$ 924,40.
Entre outros metais de base, contratos futuros de cobre subiam 1,72% e eram negociados a US$ 3,111 a libra.