Investing.com - A cotação do ouro passava por volatilidade nesta sexta-feira após notícias de que os EUA estariam planejando impor mais tarifas sobre o equivalente a US$ 100 bilhões de produtos importados da China.
Contratos futuros de ouro com vencimento em junho na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York avançavam US$ 1,40, ou cerca de 0,1% para US$ 1.327,10 a onça troy por volta das 05h21.
Após fechar o dia anterior a US$ 1.328,50, o ouro era negociado nesta sexta-feira em uma faixa de US$ 1.323,20 a US$ 1.336,70.
Trump ordenou que Robert Lightizer, representante de comércio, considerasse tarifas adicionais sobre o equivalente a US$ 100 bilhões em produtos importados da China, aumentando os conflitos comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Em resposta, a imprensa estatal chinesa afirmou nesta sexta-feira que Pequim irá defender seus interesses "contra novas sanções norte-americanas". Na quarta-feira, o país também afirmou que iria impor tarifa de 25% sobre o equivalente a US$ 50 bilhões de produtos importados dos EUA, incluindo soja em grão, automóveis, produtos químicos e aeronaves.
Embora o ouro seja buscado normalmente como uma reserva de valor em momentos de incerteza econômica, os mercados estão nervosos durante toda a semana uma vez que EUA e China fazem jogos retaliatórios sobre ameaças de tarifas.
Larry Kudlow, principal assessor econômico do presidente Donald Trump, afirmou na quarta-feira que as tarifas propostas em relação à China podem não entrar de fato em vigor e acrescentou que não há uma guerra comercial entre os EUA e o país asiático.
A escalada das ameaças retaliatórias tem mantido os mercados nervosos pois não está claro se as duas maiores economias do mundo irão sentar para negociar ou acabarão por implementar suas ameaças.
Reduzindo a pressão sobre a cotação do ouro, o dólar reduzia dos ganhos nas negociações durante a metade da manhã na Europa nesta sexta-feira, já que investidores aguardavam o relatório mensal de empregos e uma aparição pública de Jerome Powell, dirigente do Federal Reserve.
Às 05h22, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,12% para 90,23.
Um dólar mais forte torna o metal cotado nesta moeda mais caro para detentores de modas estrangeiras.
A respeito do relatório de empregos de março, a ser divulgado às 09h30, economistas esperam a criação de 193.000 folhas de pagamento não agrícolas.
Sinais de aceleração no crescimento dos salários poderiam sustentar a situação para o Federal Reserve elevar as taxas de juros com maior rapidez.
Powell terá uma oportunidade para comentar o relatório de empregos ao fazer o discurso sobre perspectiva econômica às 14h30.
Expectativas de taxas de juros mais altas tendem a sustentar o dólar ao tornarem os ativos norte-americanos mais atrativos a investidores que buscam bons rendimentos. Ao mesmo tempo, o ouro tem dificuldades não apenas com o dólar mais forte, mas tende a ser menos atrativo como um ativo com baixo rendimento enquanto as taxas de juros sobem.
Ainda sobre comércio de metais, contratos futuros da prata recuavam 0,55% para US$ 16,265 a onça troy às 05h23, a platina tinha perdas de 0,38% e estava cotada a US$ 911,80 a onça troy, o paládio recuava 0,32%,para US$ 897,25 a onça troy, enquanto o cobre tinha perdas de 1,41% e era negociado a US$ 3,031 a libra.