Investing.com - A cotação do petróleo subia nesta terça-feira, embora o West Texas Intermediate apresentasse dificuldades em torno da marca de inalterado enquanto investidores aguardavam dados semanais dos estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), grupo do setor petrolífero, deve divulgar seu relatório semanal às 17h30 desta terça-feira. Dados oficiais da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) serão divulgados na quarta-feira, em meio a previsões de aumento dos estoques de petróleo em torno de 0,4 milhão de barris.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate avançavam US$ 0,01, ou 0,2%, para US$ 65,56 o barril às 11h27.
Além disso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançavam US$ 0,29, ou cerca de 0,4%, para US$ 69,81 o barril.
A cotação do petróleo fechou a segunda-feira em leve baixa, já que o aumento na atividade de extração nos Estados Unidos indicava que a produção ficaria mais elevada, gerando preocupações com o retorno da sobreoferta.
A contagem de sondas, indicador prévio da produção futura, está muito mais alta do que estava no ano passado, já que empresas de energia continuaram a aumentar os gastos desde meados de 2016 quando os preços do petróleo começaram se recuperar de uma queda que durava dois anos.
A produção norte-americana de petróleo, conduzida pela extração de shale oil, chegou à máxima histórica de 10,40 milhões de barris por dia na semana passada, ficando acima dos níveis de produção da Arábia Saudita, principal exportador do mundo, e aproximando-se dos níveis da Rússia, maior produtor de petróleo do mundo.
Analistas e investidores alertaram recentemente que produtores de shale oil nos EUA poderiam afetar os esforços da Opep para reduzir o excesso de oferta.
A Opep, em conjunto com alguns países externos à organização liderados pela Rússia, está restringindo a produção em 1,8 milhão de barris por dia para reduzir o excesso de oferta do mercado. O acordo, que foi adotado no inverno passado, vence no final de 2018.
Rumores de uma possível extensão do pacto, unidos às preocupações de problemas na oferta devido a tensões no Oriente Médio, impulsionaram os preços do petróleo em março. A referência norte-americana está no caminho de ganhos de 6,2% no mês, ao passo que o barril de Londres tem alta em torno de 5,9% até o momento neste mês.
Khalid al-Falih, ministro de energia da Arábia Saudita, afirmou na semana passada que os membros da Opep precisarão continuar a estar em coordenação com a Rússia e outros países produtores externos à organização a respeito de restrições à oferta em 2019 para reduzir a sobreoferta global de petróleo.
Alguns analistas alertaram que um acordo como esse poderia ser na verdade mais prejudicial uma vez que os preços atuais, mais altos, podem levar produtores de shale oil dos EUA a aumentarem a produção.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina avançavam 0,4% para US$ 2,0255 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento tinha ganhos de 0,6% e era negociado a US$ 2,0297 o galão.
Contratos futuros de gás natural avançavam US$ 0,017, ou 0,6%, para US$ 2,674 por milhão de unidades térmicas britânicas.