SÃO PAULO (Reuters) - Produtores de aços planos do país estão comunicando distribuidores sobre novos reajustes de preços na faixa de 8 a 10 por cento que começam a entrar em vigor neste mês, afirmaram uma fonte do mercado e um analista do Bradesco (SA:BBDC4) BBI nesta quarta-feira.
Segundo a fonte do mercado, os reajustes estão sendo comunicados por CSN (SA:CSNA3), válido a partir de 1º de janeiro; Usiminas (SA:USIM5), que entra em vigor na 5ª-feira; e ArcelorMittal, a partir de 10 de janeiro. Os reajustes são adicionais aos implementados na distribuição pelas siderúrgicas em dezembro, de 11 a 12 por cento, disse a fonte.
As ações da Usiminas lideravam as altas do Ibovespa no início da tarde desta quarta-feira, avançando cerca de 5 por cento às 14:54. CSN, porém, tinha recuo de 1,1 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,5 por cento.
"Eles anunciaram reajuste para laminados a quente e a frio. Galvanizados não", disse a fonte.
Representantes de Usiminas e CSN não puderam ser contatados de imediato, enquanto a ArcelorMittal afirmou que tem como política não se pronunciar sobre preços.
O analista Thiago Lofiego, do Bradesco BBI, afirmou que a Usiminas tende a ser a siderúrgica que mais se beneficia do reajuste dado o seu foco em aços planos e maior exposição ao mercado brasileiro.
"Estimamos que um reajuste de mais de 10 por cento para todos os produtos e clientes vai impactar positivamente o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia (Usiminas) em cerca de 650 milhões de reais", escreveu Lofiego em relatório, reiterando recomendação "acima da média do mercado" (outperform) para Usiminas e Gerdau (SA:GGBR4).
(Por Alberto Alerigi Jr.)