Por Valerie Volcovici e Kate Abnett
WASHINGTON/BRUXELAS (Reuters) - Mais de 60 países disseram que apoiam um acordo liderado por União Europeia, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos para triplicar o uso de energia renovável nesta década e abandonar o carvão, disseram duas autoridades familiarizadas com o assunto à Reuters na quinta-feira.
A UE, os EUA e os Emirados Árabes têm reunido apoio para a promessa antes das negociações climáticas anuais da COP28, a serem realizadas de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai, e pedirão sua inclusão no resultado final de uma reunião de líderes mundiais em 2 de dezembro, disseram as autoridades.
Algumas das principais economias emergentes, como Nigéria, África do Sul e Vietnã, países desenvolvidos, como Austrália, Japão e Canadá, e outros, como Peru, Chile, Zâmbia e Barbados, disseram que vão aderir ao compromisso, afirmaram as autoridades à Reuters.
Um esboço do compromisso, visto pela Reuters, também comprometeria aqueles que o assinassem a dobrar a taxa anual de melhoria da eficiência energética do mundo para 4% ao ano até 2030.
O rascunho diz que o maior uso de energias renováveis deve ser acompanhado pela "redução gradual da energia ininterrupta do carvão", incluindo o fim do financiamento de novas usinas elétricas movidas a carvão.
Uma das autoridades disse à Reuters que as negociações com a China e a Índia para aderir ao compromisso estão "bastante avançadas", embora nenhuma delas tenha concordado em aderir ainda.
Os cientistas afirmam que ambas as ações - expandir rapidamente a energia limpa e reduzir a queima de combustíveis fósseis emissores de CO2 no setor de energia - são vitais para que o mundo evite mudanças climáticas mais severas.
As autoridades disseram que uma demonstração antecipada de apoio à triplicação da energia renovável e ao abandono do carvão criará um impulso e definirá um tom positivo antes dos dias de negociações tensas que são esperados na conferência climática.