Boom das criptos: quais ações do setor podem surpreender na alta?
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de carne de frango in natura do Brasil teve uma queda de cerca de 25% em volume pela média diária nas duas primeiras semanas de junho, na comparação com o dado do mesmo mês do ano passado, de acordo com números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), publicados nesta segunda-feira.
A queda é superior à registrada para todos os produtos de carne de frango, incluindo industrializados, apurada em maio, mês que foi parcialmente impactado pelo primeiro foco de gripe aviária em granja comercial no Brasil.
O caso da doença altamente patogênica, divulgado no dia 16 de maio, gerou uma série de embargos de países importadores desde então.
Importadores relevantes, como a China, União Europeia, ainda mantêm as importações suspensas de todo o país.
Na última semana, o México reduziu o embargo, antes para todo o Brasil, para o Estado do Rio Grande do Sul, onde foi detectada a doença.
O governo e o setor privado contam com a intensificação desse movimento, se novos casos não forem registrados.
Emirados Árabes Unidos e Japão, grandes importadores, estão restringindo a carne apenas ao município de Montenegro, onde está situada a granja que teve o problema.
Em maio, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) registrou queda de 12,9% nos embarques de carne de frango do Brasil, mas viu uma queda menor do que a registrada em outros países afetados pelo problema, já que a indústria conseguiu redirecionar cargas para Estados não embargados.
Segundo a Secex, os preços do frango in natura exportado pelo Brasil em junho tiveram alta de 0,7% ante o mesmo mês do ano passado, para US$1.798,50/tonelada.
OUTROS PRODUTOS
A exportação de soja do Brasil está praticamente estável em relação a junho do ano passado, com uma média diária de 698 mil toneladas de embarques.
Já a exportação de milho recuou 84% pela média diária, para 6,7 mil toneladas, segundo dados da Secex.
Os volumes de café, por sua vez, apresentam queda de 25% nas duas primeiras semanas do mês, para cerca de 7,6 mil toneladas por dia.
Já a exportação de açúcar registrou recuo cd 4,2%, para cerca de 153 mil toneladas/dia.