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Futuros de ouro flutuam com temores de redução; conflito sírio em foco

Publicado 09.09.2013, 10:10
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Investing.com – Os contratos futuros de ouro oscilaram entre pequenas perdas e ganhos durante as negociações norte-americanas da manhã desta segunda-feira uma vez que os investidores ficaram às margens em meio a incertezas contínuas com quando ocorrerá uma redução no programa de estímulo do Banco Central dos EUA (Fed).

Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros de ouro para entrega em dezembro foram negociados a US$ 1.388,60 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã, subindo 0,15%.

Os preços foram negociados entre uma faixa de US$ 1.382,00 por onça-troy, a baixa diária, e US$ 1.393,30 por onça-troy, a alta da sessão. Na sexta-feira, o contrato de dezembro subiu 1%, a US$ 1.386,50 por onça-troy.

Espera-se que os contratos futuros de ouro encontrem apoio em US$ 1.356,00 por onça-troy, a baixa de 22 de agosto, e resistência em US$ 1.415,00, a alta de 4 de setembro.

Aumentaram as incertezas quanto a se o Fed começara a reduzir seu programa mensal de US$ 85 bilhões em compras de ativos no final deste mês após dados terem mostrado que a economia norte-americana gerou 169,000 postos de empregos em agosto, menos que a projeção de 180.000 feita pelos economistas.

O relatório também disse que a geração de empregos em julho foi revista para baixo, de 162.000 para 104.000, ao passo que os números de junho foram revistos para baixo, de 188.000 para 172.000.

Os dados decepcionantes sobre o emprego nos EUA fizeram os investidores reavaliarem as expectativas quanto a quando haverá uma redução no programa de estímulo do Banco Central dos EUA (Fed).

Os traders de ouro vêm acompanhando atentamente os relatórios sobre dados norte-americanos na tentativa de medir se esses dados fortalecerão ou enfraquecerão a possibilidade de o Fed reduzir as compras de ativo.

O presidente do Fed, Ben Bernanke, disse que a decisão de iniciar a redução do programa do banco dependerá da força dos dados econômicos.

O banco central está programado para se reunir nos dias 17 e 18 de setembro para revisar a economia e avaliar a política monetária.

Enquanto isso, os participantes do mercado continuaram monitorando os acontecimentos em torno de um possível ataque militar norte-americano contra a Síria.

Os legisladores norte-americanos devem se reunir novamente hoje após um recesso de verão de cinco semanas, com uma votação sobre tomar ação militar contra o governo sírio devido ao uso de armas químicas esperada para o fim desta semana.

O presidente sírio Bashar al-Assad negou a autorização de um ataque com armas químicas no dia 21 de agosto, que matou mais de 1.400 pessoas, centenas das quais eram crianças.

O presidente Barack Obama apresentará o caso sobre os ataques militares ao governo sírio em um discurso televisionado na terça-feira.

Na sexta-feira, o presidente russo Vladimir Putin alertou os EUA em relação ao lançamento de uma ação militar contra o governo sírio sem a aprovação da ONU.

Falando em uma coletiva de imprensa após a reunião do G20, em São Petersburgo, na sexta-feira, Putin disse que a Rússia “ajudaria” a Síria se o país for atacado.

Em 28 de agosto, os preços do ouro alavancaram para US$ 1.433,50 por onça-troy, uma alta de três meses e meio, uma vez que a compra de porto seguro aumentou em meio a especulações cada vez maiores de que os EUA estavam perto de tomar ações militares contra o governo sírio.

Na divisão Comex, a prata para entrega em dezembro caiu 0,65%, para US$ 23,73 por onça-troy, ao passo que o cobre para entrega em dezembro subiu 0,6%, para US$ 3,281 por libra-peso.

O metal vermelho apresentou ganhos após a divulgação de dados econômicos chineses e japoneses otimistas.

O Departamento Nacional de Estatísticas da China disse mais cedo que o índice de preços ao consumidor aumentou 2,6% em agosto, em consonância com as expectativas, e ficou abaixo dos 2,7% de julho.

O relatório de inflação foi divulgado um dia após dados terem mostrado que a balança comercial da China expandiu mais que o esperado em agosto, reduzindo as preocupações com uma desaceleração na segunda maior economia do mundo.

Dados comerciais oficiais divulgados no domingo mostraram que o superávit comercial chinês expandiu para US$ 28,6 bilhões, de um superávit de US$ 17,8 bilhões registrado em julho, em comparação com as estimativas de um superávit de US$ 20 bilhões.

As exportações chinesas cresceram em agosto 7,2% anualmente, superando as expectativas de uma alta de 6% e após um ganho de 5,1% em julho.

A China é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.

Enquanto isso, no Japão dados mostraram que a economia japonesa cresceu por um ajuste sazonal de 3,8%, bem acima da estimativa anterior de crescimento de 2,6%.

O sentimento também foi impulsionado após Tóquio ter sido escolhido no sábado pelo Comitê Olímpico Internacional para sediar os Jogos Olímpicos de Verão 2020, vencendo Istambul e Madri.

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