SÃO PAULO (Reuters) - Representantes das maiores produtoras de etanol de milho do Brasil estiveram nesta terça-feira em Hanói reunidos com tradings e indústrias do Vietnã, enquanto buscam ampliar vendas de grãos secos de destilaria (DDGs), coproduto da fabricação do biocombustível.
As exportações brasileiras desses farelos de milho utilizados na ração animal mais que dobraram no ano passado, para 608,9 mil toneladas, destacou a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), que divulgou o evento nesta terça-feira.
O Vietnã é um dos maiores importadores globais de DDGs, comprando a maior parte dos Estados Unidos, que são os líderes nas exportações dessa matéria-prima, enquanto o Brasil quer ampliar vendas para a indústria vietnamita, que já é o seu principal cliente.
O país asiático foi destino de 41% do total do DDG exportado pelo Brasil no ano passado.
À medida que a indústria de etanol de milho cresce no país, gigantes do setor como a FS, Inpasa e São Martinho (BVMF:SMTO3) tentam encontrar novos compradores para o produto. Representantes dessas empresas estiveram no evento no Vietnã, disse a Unem à Reuters.
A primeira missão do setor ao Vietnã, realizada em parceria com a ApexBrasil, incluiu apresentação do produto brasileiro a cerca de 90 importadores e usuários finais locais, segundo a associação de produtores brasileiros.
Os farelos de milho (DDG/DDGS) são utilizados na alimentação de bovinos, suínos e aves, entre outros.
O Vietnã é também um dos principais compradores de milho do Brasil, que no ano passado foi o maior exportador global do produto.
No caso do DDGs, a indústria de etanol de milho é mais recente, mas tem crescido a taxas de dois dígitos nos últimos anos.
(Por Roberto Samora)