Justiça nega pedido do MPF para suspender simulado da Petrobras na Foz do Amazonas

Publicado 08.07.2025, 14:26
Atualizado 08.07.2025, 14:31
© Reuters. Casa na beira de rios perto da Foz do Amazonas, no Amapán31/03/2017nREUTERS/Ricardo Moraes

BRASÍLIA/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Justiça Federal indeferiu pedido do Ministério Público Federal (MPF) que visava a suspensão da permissão para que a Petrobras (BVMF:PETR4) realize um amplo simulado de emergência na Bacia da Foz do Rio Amazonas, como parte do processo de licenciamento para a petroleira perfurar a região.

A Petrobras considera o simulado o último passo antes que o órgão ambiental Ibama decida se a Petrobras pode seguir com a realização de um poço exploratório em águas ultraprofundas da bacia, ao norte do litoral do Amapá.

Na decisão vista pela Reuters, o juiz federal substituto Athos Alexandre Attiê explicou que o indeferimento ocorre pois não estão presentes, neste momento processual, "requisitos cumulativos da probabilidade do direito e do perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado útil do processo".

Attiê reiterou que o simulado, chamado de Avaliação Pré-Operacional (APO), trata-se de uma etapa eminentemente prática e experimental do licenciamento ambiental, destinada a testar, em condições reais e controladas, a funcionalidade dos planos e estratégias de mitigação previamente aprovados.

"Não é -- nem pode ser -- uma licença operacional definitiva, mas sim uma ferramenta de verificação, correção e aperfeiçoamento institucional. Impedir sua realização com base em falhas identificadas em etapas anteriores equivale a subverter sua própria razão de ser e comprometer a lógica progressiva do licenciamento", afirmou.

A Foz do Amazonas é considerada a área mais promissora do Brasil para abrir uma nova fronteira exploratória de petróleo, para repor reservas do Brasil, enquanto a indústria prevê o pico da produção do pré-sal no início da próxima década.

Entretanto, a exploração na região enfrenta resistência de segmentos da sociedade, organizações e ambientalistas, diante de desafios socioambientais.

Em seu pedido, o MPF defendeu que "o empreendimento representa risco elevado ao meio ambiente, envolvendo ecossistemas altamente sensíveis como manguezais e o sistema recifal da foz do Amazonas, bem como às comunidades tradicionais da região".

Executivos da Petrobras falaram anteriormente que havia uma expectativa de que o simulado ocorresse ainda neste mês.

 

(Por Ricardo Brito e Marta Nogueira)

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