Por Ana Mano
SÃO PAULO (Reuters) - A unidade da companhia chinesa de sementes Longping High-tech (SZ:000998) no Brasil fechou um acordo com uma universidade do país asiático para melhorar a qualidade de suas sementes de soja, informou a empresa em comunicado enviado à Rueters nesta sexta-feira.
O Brasil, segundo maior produtor e exportador de soja do mundo, vende a maior parte de sua safra para a China, que processa o grão para transformá-lo em óleo de cozinha e farelo de soja, utilizado como ração.
Como resultado da parceria, a LongPing High-Tech já recebeu variedades de sementes da China e está no processo de conclusão e envio de materiais genéticos da soja brasileira para pesquisadores chineses.
"A China é um dos países de origem da soja, com um rico germoplasma para compartilhar", disse Edimilson Linares, vice-presidente de Pesquisas e Desenvolvimento da LongPing. "O Brasil, com décadas de sucesso na melhoria (da soja), é um mercado global muito importante na cadeia de grãos."
A companhia disse que unirá esforços com a Universidade Agrícola do Sul da China, que é copatrocinada pela província de Guangdong e pelo Ministério da Agricultura chinês, para pesquisar potenciais novas variedades de soja em um pólo no Estado de São Paulo.
A LongPing High-Tech afirmou que esta é a primeira vez em que embarca na pesquisa de sementes de soja no mercado brasileiro, pois até agora se mantinha concentrada no milho.
A empresa, que compete com nomes como Corteva e Syngenta, acrescentou que o movimento é parte de uma estratégia de expansão de seus negócios no Brasil.