O ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, afirmou nesta 2ª feira (18.set.2023) que apoia o prolongamento dos cortes na produção de petróleo do país. Disse que a decisão não visa a “aumentar os preços”. As informações são do Financial Times.
“Não se trata de aumentar os preços, mas de tomar as decisões certas quando temos os dados”, declarou Salman nesta 2ª (18.set), em seu 1º comentário público sobre os cortes desde a decisão.
A Arábia Saudita anunciou em 4 de julho uma medida para reduzir sua produção diária de petróleo. Nos próximos 3 meses (outubro, novembro e dezembro), o país planeja produzir cerca de 9 milhões de barris por dia, um corte de cerca de 1 milhão de barris diários. A medida é uma ação voluntária acordada com a Opep+ para limitar o fornecimento de petróleo até 2024 e aumentar os preços.
A Rússia, que não faz parte da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), mas integra a Opep+, também reduzirá voluntariamente sua produção de petróleo.
Durante o Congresso Mundial do Petróleo em Calgary (Canadá), o ministro de Energia insistiu nesta 2ª (18.set) que uma recuperação econômica global que impulsione um aumento na demanda por petróleo não era certa. Ele destacou o desempenho econômico da Europa e dos Estados Unidos como fatores decisivos.
A Agência Internacional de Energia antecipa um deficit significativo nos mercados petrolíferos globais para 2024 por causa dos cortes de produção entre a Arábia Saudita e a Rússia. Também estima um recorde de 101,8 milhões de barris por dia no consumo global de petróleo este ano, impulsionado pela demanda chinesa.
Desde que foi anunciado no início de setembro que os cortes na produção e exportação seriam prolongados até o final do ano, o barril do petróleo tipo Brent, referência internacional, subiu para quase US$ 95 dólares na 2ª (18.set), um novo máximo de 2023.