Investing.com – Os futuros de ouro atingiram os níveis mais altos da sessão hoje, após dados terem mostrado que as vendas no varejo norte-americano caíram mais do que o esperado em dezembro, diminuindo o otimismo com a força da recuperação econômica.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro, com vencimento em fevereiro, subiram US$ 2,90, ou 0,23%, e foram negociados a US$ 1.237,40 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã. Os preços ficaram em uma faixa entre US$ 1.225,40 e US$ 1.239,90.
Um dia antes, o ouro atingiu US$ 1.244,50, o nível mais alto desde 23 de outubro, antes de ficar em US$ 1.234,40, uma alta de US$ 1,60, ou 0,13%.
Espera-se que os futuros encontrem apoio em US$ 1.217,50, a baixa de 12 de janeiro, e resistência em US$ 1.244,50, a alta de 13 de janeiro.
Também na Comex, os futuros da prata com vencimento em março caíram 25,8 centavos, ou 1,5%, para US$ 16,89 por onça-troy, após atingir uma baixa da sessão de US$ 16,56.
O Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo caíram por um ajuste sazonal de 0,9% no mês passado, pior do que as expectativas para uma queda de 0,1%.
O aumento das vendas no varejo ao longo do tempo se correlaciona com um crescimento econômico maior, enquanto vendas mais fracas sinalizam uma economia em declínio.
As vendas brutas no varejo, que excluem as vendas de automóveis, caíram para um ajuste sazonal de 1,0% em dezembro, decepcionando as projeções para um aumento de 0,1%.
As vendas correspondem mais com o componente de gastos do consumidor do relatório de produto interno bruto (PIB) do governo. Os gastos dos consumidores respondem por até 70% do crescimento econômico dos EUA.
Os dados decepcionantes reduziram o otimismo relacionado à força da economia e reduziram as expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) começará a elevar suas taxas mais cedo que o esperado.
Uma demora no aumento das taxas de juros pode ser vista como um sentimento de alta para o ouro, por diminuir o custo relativo da compra do metal, que não oferece aos investidores qualquer pagamento semelhante e garantido.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas mundiais, caiu 0,45%, para 92,03, saindo de uma alta de quatro anos de 92,76, atingida na semana passada.
Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em março caiu 7,9%, atingindo uma baixa da sessão de US$ 2,434 por libra, um nível não visto desde junho de 2009, antes de ser negociado em US$ 2,524, uma queda de 12,0 centavos, ou 4,53%.
Enquanto isso, os preços do petróleo continuaram caindo nesta quarta-feira, sendo negociados perto do nível mais baixo em seis anos, uma vez que as atuais preocupações com um excesso de oferta mundial resultaram na queda dos preços.
Os preços do petróleo Brent negociados em Londres caíram US$ 91, ou 1,89%, ficando em US$ 46,92 por barril, ao passo que o petróleo Nymex recuou 62 centavos, ou 1,36%, para US$ 45,27.
O Banco Mundial reduziu sua projeção de crescimento global para 3,0% para este ano, de uma estimativa anterior de 3,4%, citando um crescimento mais fraco que o esperado na zona do euro, Japão e algumas das principais economias emergentes.
A agência também reduziu sua projeção de crescimento global para 2016 de 3,5% para 3,3%.
O petróleo e o cobre são sensíveis às projeções de crescimento econômico em virtude do amplo uso em praticamente todos os setores.