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Ouro cai abaixo dos US$ 1.800 em disputa imaginária pré-Fed

Publicado 26.07.2021, 16:54
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Por Barani Krishnan

O ouro fechou abaixo do patamar crítico de US$ 1.800 na segunda-feira, com os longs no metal amarelo entrando em um típico boxe imaginário pré-Fed com suas contrapartes em short, alimentando mais uma vez suas expectativas sobre reversão e taxas de juros.

Esta será uma semana movimentada para os mercados com declaração mensal sobre a política monetária do Federal Reserve, além da conferência de imprensa do seu presidente, Jerome Powell, na quarta-feira.

Além do Fed, na quinta-feira, os investidores também terão uma prévia do PIB do segundo trimestre dos EUA, que deverá indicar o pico da recuperação pós-pandemia.

Enquanto isso, na sexta-feira, a zona do euro deve divulgar uma série de dados, incluindo relatórios sobre a inflação, o PIB e o desemprego.

Os contrato futuros do ouro para um mês negociados na Comex de Nova York fecharam em queda de US$ 2,60, ou 0,1%, a US$ 1.792,20 por onça.

Os longs do ouro conseguiram se manter na casa dos US$ 1.800 na semana passada, apesar do metal amarelo registrar sua primeira perda semanal em cinco semanas, em desconexo com as expectativas de inflação nos Estados Unidos.

Não se prevê que o importante Federal Open Market Committee faça alguma alteração na política monetária em julho, embora mais detalhes provavelmente venham a surgir nas discussões em relação à reversão gradual da política que começaram em junho.

A declaração sobre a política monetária do Fed será analisada em busca de qualquer menção do calendário para redução do seu programa de compra de ativos, embora Powell tenha deixado claro em seu recente testemunho ao Congresso que a economia dos EUA ainda precisa do total apoio do banco central.

Em junho, os dirigentes começaram a debater o início do corte de compras mensais de títulos do Tesouro no valor de US$ 120 bilhões e de títulos garantidos por hipotecas.

Powell pode indicar que, embora a discussão sobre a redução gradual tenha começado, ainda levará tempo até que os oficiais cheguem a uma conclusão sobre o que irão fazer. Espera-se que os dirigentes do banco sublinhem o risco da variante delta, de propagação mais rápida, e que preocupa os investidores quanto ao seu potencial de tirar a recuperação econômica dos trilhos.

A maioria dos analistas esperam que a Fed dê uma indicação mais clara dos seus planos para reduzir o seu programa de flexibilização quantitativa durante a sua conferência anual em Jackson Hole, Wyoming, no final de agosto, antes de um anúncio formal sobre redução gradual no final do ano.

Além da reunião do Fed, os investidores irão receber uma atualização sobre a força da economia dos EUA com uma enxurrada de dados no final do mês.

As vendas de novas residências caíram na segunda-feira pelo terceiro mês consecutivo em junho, recuando quase 20% em relação a um ano atrás.

O destaque vem na quinta-feira, com um primeiro olhar sobre o PIB do segundo trimestre. Embora as expectativas tenham recuado nas últimas semanas, ainda se espera que o crescimento seja forte, a 8,6% anualizado. Isto marcaria a recuperação de todo o resultado perdido em função da pandemia.

Os números sobre renda pessoal e gastos devem sair na sexta-feira, e incluem a métrica que se afirma ser a favorita do Fed para a inflação: o núcleo do índice de preços de gastos pessoais do consumidor.

Na zona do euro, os dados do PIB do segundo trimestre na sexta-feira darão aos investidores uma perspectiva sobre a força da recuperação econômica do bloco depois de uma recessão dupla, à medida que as vacinas são aplicadas.

Enquanto isso, os dados da inflação no mesmo dia devem indicar que a inflação atingiu a meta de 2% do Banco Central Europeu em julho. O BCE disse que pode permitir que a inflação supere temporariamente a sua meta quando for necessário um apoio monetário "especialmente forte ou persistente".

Na quinta-feira passada, a Presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que uma nova onda da pandemia do coronavírus poderia representar um risco à recuperação econômica da zona do euro, após o banco ter sugerido um período ainda mais longo de apoio monetário durante a sua última reunião de política monetária.

 

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