O contrato mais líquido de ouro fechou em alta nesta quarta-feira, em meio às tratativas pelo aumento do auxílio individual nos Estados Unidos de US$ 600 para US$ 2 mil, o que depende agora de aprovação do Senado. A elevação pode levar a um aumento do déficit e da inflação, o que tende a favorecer o preço do ouro. Outro efeito é a desvalorização do dólar, que vem perdendo força em meio às negociações.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro encerrou com alta de 0,56%, a US$ 1.883,40 a onça-troy.
O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, disse que amarraria o movimento bipartidário para aumentar os cheques de estímulo a duas outras questões, que carecem de apoio bipartidário. Os democratas disseram que a decisão de anexar os cheques a outras questões contenciosas foi projetada para diminuir o esforço por pagamentos maiores.
A presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, pediu a McConnell nesta quarta que "interrompa sua obstrução" e coloque em votação o projeto. Um dos sinais de que o mercado aposta na concretização do apoio no Senado é a queda do dólar. O índice DXY, que mede a moeda americana frente a seis moedas de economias desenvolvidas, recuava 0,37%, a 89,658 pontos, às 16h02 (horário de Brasília), em tendência que levou o índice a perder o nível de 90 pontos na terça.
A aprovação no Senado ainda é incerta, com divergências entre republicanos. Os deputados na Câmara dos Representantes votaram a favor da ampliação, que conta ainda com pressão do presidente Donald Trump pelo acerto. São necessários ao menos 60 dentre os 100 senadores para a aprovação.
*Com informações Dow Jones Newswires.