O ouro fechou em alta nesta terça-feira, 18, mas perto da estabilidade, após ter atingido na segunda-feira o maior nível desde 7 de janeiro. Nesta terça, o metal precioso ganhou suporte da desvalorização do dólar contra os pares, mas foi pressionado pelo avanço dos juros longos dos Treasuries.
Na divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho encerrou a sessão com ganho de 0,02%, a US$ 1.868,0 a onça-troy, ainda, portanto, na máxima em quatro meses.
Segundo o analista de metais preciosos Carsten Fritsch, do Commerzbank, o ouro vem ganhando fôlego desde o começo de maio devido a fluxos contínuos de fundos negociados em bolsa (ETF, na sigla em inglês)
Nesta terça, com o dólar fraco em relação às principais divisas, como euro e libra, o ouro ganhou mais impulso. Isso porque quando a moeda americana se desvaloriza, as commodities ficam mais atrativas para quem negocia com outras divisas, o que aumenta a demanda.
Por outro lado, em meio ao temor de inflação nos Estados Unidos, os juros dos Treasuries, principalmente os de longo prazo, mantiveram a alta nesta terça, tirando certa atratividade do ouro.
Na visão da Capital Economics, os rendimentos dos títulos da dívida pública americana devem continuar em trajetória de alta. Por isso, a consultoria britânica prevê que o preço do ouro terminará 2021 em US$ 1.600 a onça-troy.