Investing.com – Os futuros de ouro permaneceram acima do nível de US$ 1.300,00 hoje, após dados terem mostrado que a quantidade de alvarás de construção emitidos nos EUA caiu inesperadamente em dezembro, ao passo que a quantidade de construção de imóveis residenciais novos superou as projeções, indicando um quadro misto sobre o setor de habitação dos EUA.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro com vencimento em fevereiro atingiram uma alta da sessão de US$ 1.304,90 por onça-troy, o nível mais alto desde 15 de agosto, antes de serem negociados a US$ 1.301,40 nas negociações norte-americanas da manhã, subindo US$ 7,20 ou 0,56%.
Um dia antes, o ouro subiu US$ 17,30, ou 1,35%, para US$ 1.294,20 por onça.
Espera-se que os futuros encontrem apoio em US$ 1.255,20, a baixa de 16 de janeiro, e resistência em US$ 1.316,50, a alta de 15 de agosto.
Também na Comex, os futuros da prata com vencimento em março subiram 31,7 centavos, ou 1,77%, para US$ 18,27 por onça-troy, o nível mais alto desde 19 de setembro.
Em um relatório, o Departamento do Comércio dos EUA informou que a quantidade de alvarás de construção emitida no mês passado caiu 1,9%, para 1,032 milhão de unidades do total revisto de novembro de 1,052 milhão.
Os analistas esperavam que os alvarás de construção subissem 1,3%, para 1,055 milhão de unidades em dezembro.
O relatório também mostrou que a construção de imóveis residenciais novos nos EUA subiu 4,4% no mês passado, para 1,089 milhão de unidades, do total de novembro de 1,043 milhão de unidades, em comparação com as expectativas para uma leitura de 1,040 milhão.
O ouro subiu 10% até agora em 2015, ao passo que a prata ganhou quase 15%, uma vez que os investidores estavam em busca de segurança devido à volatilidade nos mercados financeiros globais.
Nas negociações de metais, o cobre com vencimento em março subiu 2,9 centavos, ou 1,14%, para US$ 2,565 por libra, uma vez que preocupações com as perspectivas da economia mundial e o impacto sobre as futuras perspectivas de demanda diminuíram o apelo pela commodity.
Na terça-feira, o Fundo Monetário Internacional reduziu sua previsão de crescimento global para 2015 para 3,5% a partir de uma estimativa anterior de 3,8%, citando a desaceleração das economias da China, Rússia, zona do euro e Japão.
O cobre é sensível às projeções de crescimento econômico por causa de seu amplo uso em praticamente todos os setores. O metal vermelho está em baixa de aproximadamente 10% até agora em janeiro.
Enquanto isso, o índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,61% para 92,79, ainda perto das altas de 12 anos de 93,56, alcançadas na sexta-feira.
O euro subiu em relação ao dólar, mas o sentimento relacionado com a moeda única permaneceu vulnerável em meio às crescentes expectativas de que o BCE lance um programa de flexibilização quantitativa (QE) na quinta-feira, em uma tentativa de afastar a ameaça de deflação na zona do euro.
A incerteza com o resultado das eleições gregas, que deverão ser realizadas no domingo, com o partido Syriza contra o resgate financeiro liderando as pesquisas também pesou.