SÃO PAULO (Reuters) - Os terminais que operam no Porto de Paranaguá (PR) esperam carregar 6,57 milhões de toneladas de granéis sólidos agrícolas no segundo trimestre, queda de 1 milhão de toneladas ante o mesmo período do ano passado, principalmente pela menor oferta de soja após a quebra de safra no país, disse a administração portuária nesta sexta-feira.
De soja em grão, as empresas que atuam em Paranaguá pretendem embarcar pouco mais de 2,98 milhão de toneladas. De farelo de soja, espera-se cerca de 1,5 milhão de toneladas no segundo trimestre.
"A quebra na produção, devido às condições climáticas adversas na lavoura durante o desenvolvimento da soja, fez com que os terminais reduzissem a expectativa de movimentação do produto", disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, em nota.
A previsão do porto é embarcar 2,19 milhões de toneladas por mês em média, de soja, farelos, açúcar e milho, segundo comunicado.
Os volumes de milho e açúcar aguardados para os próximos três meses devem evitar um recuo maior nos embarques de granéis.
Enquanto de abril a junho de 2021 não houve milho exportado pelo porto paranaense, neste ano os operadores devem embarcar 980 mil toneladas do produto, afirmou o porto.
"A expectativa para o período é de alta, também para os volumes embarcados de açúcar a granel", afirmou Garcia.
De acordo com ele, a alta esperada no açúcar é de quase 8%. No segundo trimestre de 2021, o porto exportou pouco mais de 1 milhão de toneladas do produto.
A exportação de granéis sólidos pelo Porto de Paranaguá no primeiro trimestre teve acréscimo de 12,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
De janeiro a março, a exportação somou 5,7 milhões de toneladas de soja, farelo, açúcar e milho.
"A alta na movimentação neste primeiro trimestre foi puxada, principalmente, pela exportação de soja em grão e farelo", explicou.
No ano passado, o país começou a temporada com menores estoques de soja da safra anterior, diferentemente de 2022, quando os embarques puderam ser maiores inicialmente com o uso de produto colhido em 2021 e uma colheita mais antecipada.
(Por Roberto Samora)