SÃO PAULO (Reuters) - As perdas no transporte de milho do Brasil, um dos maiores produtores globais do cereal, foram estimadas em 0,1 por cento do total transportado, de acordo com estudo coordenado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e desenvolvido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
No caso do trigo, a perda projetada é de cerca de 0,17 por cento, e para o arroz em casca, de 0,13 por cento.
Conforme nota do Ministério da Agricultura, que apresentou os resultados preliminares do estudo, os índices de perdas no transporte de grãos no Brasil estão abaixo do nível de tolerância de 0,25 por cento.
"O parâmetro é fundamental para identificar os desafios a serem vencidos para diminuir ainda mais o índice e chegar aos menores patamares possíveis de perda", disse o superintendente de Armazenagem da Conab, Stelito dos Reis, em comunicado.
Em valores, as perdas no transporte de milho foram estimadas em 0,51 real por tonelada, enquanto a estimativa para o trigo é de 1,40 real, e de 1,13 real/tonelada na movimentação de arroz em casca.
Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson de Araujo Vaz, "como a rentabilidade dos produtores rurais passa por redução de custos ou incremento de receitas, na medida em que ocorrem perdas na armazenagem ou no transporte de grãos, isso equivale a não realizar receita ou ter um aumento de custos".
(Por Isabel Marchenta)