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Petróleo avança com alta da demanda por combustível nos EUA e guerra intensificada

Publicado 13.04.2022, 15:46
© Reuters.
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Por Barani Krishnan

Investing.com -- Se você achou que os preços do petróleo ficariam em baixa, pense outra vez.

Durante o segundo dia consecutivo, os preços da commodity aumentaram, subindo cerca de 4% na quarta-feira após um salto superior a 6% no pregão anterior. Isso levou o petróleo para um ganho até agora de cerca de 6% na semana, depois das duas últimas semanas de queda consecutiva que, acumuladas, registraram uma perda de 13%.

O Brent, referência global de preços, fechou com alta de US$ 4,14 dólares, ou 4%, a US$ 108,78 por barril, ampliando os ganhos de 6,3% da terça-feira.

O petróleo WTI, cotado em Nova York e referência de preços nos EUA. terminou o pregão com avanço de US$ 3,65, ou 3,6%, a US$ 104,25. No pregão anterior, ele teve um aumento de 6,7%.

Os preços do petróleo iniciaram sua escalada na terça-feira, quando a China recuou em algumas de suas medidas mais restritivas de lockdown das últimas duas semanas, alimentando a esperança de uma retomada no consumo de energia no segundo maior consumidor de petróleo do mundo. 

O petróleo também foi ajudado no pregão anterior pelo alerta da OPEP+, aliança de 23 países, de que seus membros não podem — ou não vão — compensar a perda da produção russa decorrente das sanções ocidentais. 

O rali de quarta-feira aconteceu na sequência do aumento de consumo de combustível nos EUA, como indicado pelos dados semanais de inventários divulgados pela Energy Information Administration (EIA). 

Além do aumento em combustíveis para automóveis e caminhões, como a gasolina e o diesel, a Delta Airlines (NYSE:DAL) (SA:DEAI34) também indicou que os consumidores estão aceitando tarifas mais altas, que ajudaram a equilibrar os custos, o que sugere que a procura por combustível de aviação também está em alta.

Somam-se à alta do mercado as novas tensões geopolíticas do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, com o aviso de Moscou de que qualquer ataque ao seu território será retribuído com golpes nos locais onde tais decisões foram tomadas, incluindo Kiev.

"Os preços do petróleo parecem bem confortáveis acima do nível de US$ 100, já que a demanda dos EUA e da China parece estar rumo à direção certa", afirmou Ed Moya, analista da plataforma de negociação online OANDA. 

A EIA disse que os inventários de gasolina, o derivado do petróleo mais consumido nos EUA, caíram 3,65 milhões de barris durante a semana encerrada em 8 de abril, em contraste com o recuo de ​​2,04 milhões de barrias durante a semana anterior, finda em 1º de abril. Os analistas acompanhados pelo Investing.com previam um declínio de apenas cerca de 388.000 barris para a semana passada.

Os estoques de destilados, que são refinados em diesel para caminhões, ônibus, trens e navios, bem como combustível para jatos, caíram 2,9 milhões de barris na semana passada, contra um aumento de 771.000 barris na semana anterior. Os analistas tinham previsto um consumo de gasolina de 515.000 barris para a semana passada. 

O recuo entre os derivados combustíveis equilibrou qualquer sentimento pessimista despertado pelo maior acúmulo semanal em mais de um ano nos inventários de petróleo bruto dos EUA, em meio às enormes liberações das reservas de emergência do país.

Os estoques brutos cresceram 9,4 milhões de barris na semana passada, contra o crescimento de 2,4 milhões na semana anterior. Os dados históricos da EIA mostram que foi o maior aumento semanal nos estoques de petróleo desde a semana encerrada em 5 de março de 2021.

O acúmulo ocorreu durante a liberação semanal de 3 milhões de barris ou mais a partir da Reserva Estratégica de Petróleo (REP) dos EUA, autorizada pelo governo Biden a fim de mitigar o déficit de fornecimento intensificado pelas sanções do Ocidente à Rússia. Os dados da EIA mostraram que, pela segunda semana consecutiva, as importações norte-americanas de petróleo bruto oriundo da Rússia foram zero.

Os analistas consultados pelos veículos de imprensa dos EUA tinham antecipado um acúmulo de 2,4 milhões de barris em média para a semana encerrada em 8 de abril.

"Os inventários de petróleo foram a maior surpresa, subindo muito mais que as expectativas" apesar das liberações da REP, disse o analista Greg Michalowski para a plataforma ForexLive.

O Presidente Joe Biden começou a empregar a REP em novembro, a fim de oferecer às empresas de refino dos EUA petróleo emprestado da reserva pelo qual não teriam de pagar, mas devolver com um ligeiro acréscimo e dentro de um período estipulado. Ao fazer isso, o governo esperava que houvesse menos transações de petróleo no mercado aberto e que os preços tanto da commodity quanto de combustíveis derivados, como gasolina e diesel, caíssem. 

Antes disso, o governo Biden tinha ordenou a liberação de 30 milhões de barris da REP em março e de 50 milhões em novembro, em coordenação com a liberação de reservas de outros países como China, Japão, Índia, Coreia do Sul e Grã-Bretanha. 

No entanto, as maiores liberações da REP realizados pelo governo terão início a partir de maio, quando distribuir um total de 180 milhões de barris da reserva. Outros 60 milhões de barris virão das reservas de outros estados-membro da Agência Internacional da Energia.

Mas os esforços do governo tiveram até agora um efeito negligenciável sobre os preços da energia, com o barril de petróleo permanecendo em torno dos US$ 100, enquanto um galão de gasolina custa cerca de US$ 4, não muito longe dos recordes de US$ 4,30 alcançados em março. Isto porque os refinadores vêm produzindo mais combustível do que normalmente fazem nesta altura do ano, resultando numa utilização extraordinariamente elevada.

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