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Petróleo cai 5%; commodities recuam por PIB global menor, China e medo de recessão

Publicado 19.04.2022, 15:18
Atualizado 19.04.2022, 17:05
© Reuters.

Por Barani Krishnan

Investing.com -- Os preços do petróleo caíram cerca de 5% na terça-feira, interrompendo um rali de quatro dias, num momento em que as commodities, do petróleo ao ouro, entram em uma sequência de vendas após o Fundo Monetário Internacional ter reduzido as suas previsões de crescimento mundial para 2022 e para o ano que vem devido à inflação desenfreada e outros desafios econômicos causados pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

Relatos de que três pessoas haviam falecido por complicações da Covid em Xangai, o centro financeiro da China, ampliaram os temores dos mercados em relação a uma possível volta da pandemia na segunda maior economia do mundo.

Os medos crescentes de uma recessão nos EUA, à medida que o Federal Reserve tenta conter a inflação com alguns dos aumentos de juros mais agressivos da história, também abrandaram os ânimos em relação às matérias-primas - que haviam testemunhado enormes variações de preços nos últimos tempos, enquanto os investidores tentavam equilibrar os custos com aquilo que os consumidores poderiam pagar.

O Brent, negociado em Londres e referência global de preços para o petróleo, recuava US$ 5,42, ou 4,8%, para US$ 107,41 por barril às 14:30h. Ele havia caído mais de US$ 6 mais cedo, chegando à mínima de US$ 106,85 no pregão. 

O petróleo WTI, negociado em Nova York e referência do petróleo nos EUA, apresentava perda de US$ 5,03, ou 4,7%, negociando a US$ 102,58. A mínima do WTI no pregão foi de US$ 101,55. 

Os dois preços de referência para o petróleo tinham registrado ganhos de cerca de 15% nos quatro dias anteriores de negociação, entrando em rali em função das expectativas de uma maior pressão de abastecimento na Europa à medida que as nações ocidentais cogitavam a possibilidade de uma proibição total da importação de petróleo e gás russos a fim de incrementar as punições contra Moscou devido ao seu papel no conflito da Ucrânia.

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Antes do rali desta semana, o Brent e o WTI haviam perdido cerca de 13% em cada no acumulado de duas semanas, devido ao aumento das preocupações sobre a demanda de petróleo do segundo maior importador global da commodity como resultado do lockdown imposto pela China em Xangai com a cautela com relação à Covid.

"Com tanta volatilidade nos preços intradiários do petróleo e reações extremas aos riscos das manchetes... Continuo esperando que o Brent permaneça numa faixa de US$ 100 a US$ 120, e o WTI num intervalo de US$ 95 a US$ 115", afirmou Jeffrey Halley, chefe de pesquisa para a Austrália e Ásia-Pacífico na plataforma de negociação online OANDA.

A Agência Internacional de Energia alertou para o fato de que cerca de 3 milhões de barris diários de petróleo russo podem ser bloqueados a partir de maio devido às sanções, ou pela desistência voluntária dos compradores dos carregamentos russos.

A produção russa de petróleo continuou a recuar em abril, tendo diminuído 7,5% na primeira metade do mês em relação a março, conforme publicado pela agência de notícias Interfax na sexta-feira.

A queda do petróleo de terça-feira veio quando o FMI disse, numa atualização do seu World Economic Outlook, que o produto interno bruto (PIB) mundial provavelmente irá se expandir em apenas 3,6% neste ano e no próximo. Isso representa um recuo de 0,8 e 0,2 ponto percentual, respectivamente, em relação às perspectivas de PIB anteriores do FMI publicadas em dezembro. 

O crescimento mundial se recuperou para cerca de 6,1% em 2021, após a queda de 4,9% motivada pela Covid em 2020.

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O FMI não só revisou para baixo as suas perspectivas para o PIB, como também elevou as suas expetativa de inflação para uma média de 5,7% este ano nas economias avançadas, e de 8,7% nas economias emergentes, citando a inflação e outros desafios oriundos da crise entre Rússia e Ucrânia.  Estas são avaliações 1,8 e 2,8 pontos mais altas, respectivamente, que suas previsões anteriores de inflação.

"Os danos econômicos causados pelo conflito contribuirão para uma desaceleração significativa do crescimento mundial em 2022 e ampliarão a inflação", afirmou o FMI. "Os preços dos combustíveis e dos alimentos aumentaram rapidamente, atingindo com mais força as populações vulneráveis dos países de baixa renda".

Os mercados de títulos dos EUA também encararam uma sequência de vendas na terça-feira, em meio ao medo de uma recessão no país enquanto o Fed planeja enfrentar a inflação com alguns dos aumentos mais agressivos das taxas de juros da sua história. O rendimento da nota de 10 anos do Tesouro dos EUA registrou o quarto dia consecutivo de aumentos, chegando às máximas de dezembro de 2018.  

Depois de reduzir as taxas para quase zero no auge do surto do coronavírus, o Fed aprovou a sua primeira elevação dos juros da pandemia em 16 de março, incrementando as taxas em 25 pontos base, o equivalente a 0,25 ponto. Vários dirigentes do banco central concluíram, desde então, que o aumento havia sido comedido demais para controlar a disparada da inflação para seus recordes em 40 anos. 

O Fed está cogitando sete aumentos das taxas de juros este ano, prosseguindo com eles ao longo de 2023, até que a inflação caia para a sua meta de 2% ao ano, em contraste com seu atual patamar de 8%. Embora a maioria dos dirigentes esteja levando em consideração aumentos de juros de até meio ponto por mês, James Bullard, chefe da Fed de St. Louis, sugeriu um aumento máximo de 0,75 ponto para acelerar o combate contra a inflação.

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Os comentários de Bullard foram um dos motivos pela sequência de vendas nas commodities desta terça-feira, com o ouro caindo mais de 1%, o cobre 2% e o gás natural recuando quase 10% depois que o dólar, que determina os preços para a maioria das matérias-primas, atingiu suas máximas em dois anos, impactando a demanda internacional por bens.

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cai 5% mas nao sai dos 100,00usd
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