Por Laura Sánchez, do Investing.com Espanha
Investing.com - Apesar da queda de dois dígitos nesta quarta-feira (9), os preços do petróleo continuam negociados acima de US$ 100.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) elevou suas previsões de preços para o petróleo Brent dizendo que o mundo pode enfrentar um dos "maiores choques de fornecimento de energia da história" devido à crise na Ucrânia, enquanto o Barclays diz que os preços do pior cenário podem ultrapassar US$ 200 o barril.
O Goldman eleva assim sua previsão de preço spot do Brent em 2022 para US$ 135 o barril de US$ 98, e sua perspectiva de 2023 para US$ 115 de US$ 105.
“No curto prazo, lidar com esse choque de oferta exigiria a ajuda combinada de reservas estratégicas globais, o núcleo da Opep, Irã e preços mais altos para reduzir o consumo”, alerta o banco de investimento.
Mais da metade das cargas de março da Rússia até agora não foram vendidas e, se mantidas, isso pode representar uma queda de 3 milhões de barris por dia (bpd) nas exportações russas de petróleo bruto no mar, a quinta maior interrupção em um mês desde a Segunda Guerra Mundial, explica o banco em nota recolhida pela Reuters.
Rússia é o segundo maior exportador de petróleo do mundo, com um volume de 7 milhões de bpd de petróleo bruto e derivados.
O Barclays (LON:BARC) disse que a interrupção da maioria dos suprimentos de petróleo marítimo russo poderia, na pior das hipóteses, elevar os preços acima de US$ 200, embora não revisou sua previsão de 2022 para o Brent dizendo que "a situação permanece muito fluida".
A consultoria Rystad Energy concorda com o Barclays que o Brent pode subir para US$ 200 se a Europa e os Estados Unidos proibirem as importações de petróleo russo.