Por Peter Nurse
Investing.com - Os preços do petróleo recuam nesta segunda-feira, devido às preocupações com a desaceleração do crescimento chinês, segundo maior consumidor de petróleo do mundo, isso somado a aumento de casos relacionados à Covid.
Por volta das 13h20 (horário de Brasília), os contratos futuros do WTI eram negociados em queda de 3,7%, a US$ 71,22 o barril, enquanto os futuros do Brent caíam 3,3%, a US$ 72,89.
Os futuros da gasolina dos EUA caíam 3%, para US$ 2,2640 o galão.
O crescimento da atividade fabril da China caiu drasticamente em julho, com o PMI/Caixin, pesquisa de negócios feita pela empresa Markit, caindo para 50,3 no mês passado, nível mais baixo desde abril de 2020.
A economia chinesa havia se recuperado da primeira onda de perturbações causadas pela pandemia, mas crescem os rumores de que a variante delta está impondo novos desafios à segunda maior economia do mundo.
Embora os números gerais de contaminação estejam muito abaixo em comparação a outras partes do mundo, houve novos casos registrados em 14 das 32 províncias do país, aumentando a exigência de medidas adicionais de contenção.
“Claramente, a Covid-19 ainda representa um risco para a recuperação da demanda, especialmente em países onde as taxas de vacinação ainda estão baixas”, disseram analistas do ING, em comunicado.
Além disso, a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo cresceu em julho 610 milhões de barris por dia, chegando ao seu maior nível desde abril de 2020, de acordo com uma pesquisa da Reuters.
Ainda assim, apesar da produção adicional, “o aumento ainda estaria abaixo dos 760 milhões de barris por dia que poderia ter sido aumentado (incluindo volumes cortados voluntariamente pela Arábia Saudita)”, acrescentou o ING.
No entanto, apesar desses fatores, os preços do petróleo permanecem elevados. Na Índia, terceiro maior importador de petróleo, o consumo diário de gasolina em julho excedeu os níveis anteriores à Covid-19 conforme relaxamento de medidas feito pelos estados, enquanto o número de passageiros aéreos nos EUA atingiu um novo recorde de 2,23 milhões no fim de semana, de acordo com o Administração de Segurança de Transporte.