Por Peter Nurse
Investing.com - Os mercados de petróleo caíam em faixas apertadas de negociação nesta segunda-feira (1), com traders cautelosos em assumir posições, já que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo pode concordar em se reunir ainda nesta semana para discutir se deve estender cortes de produção recordes.
Às 11h (horário de Brasília), os futuros do petróleo bruto dos EUA eram negociados em baixa de 2%, a US$ 34,77 por barril, com desempenho em queda em meio a temores de que os distúrbios civis nos Estados Unidos limitarão o crescimento econômico, enquanto os estados reabrem após os bloqueios causados pelo coronavírus. O contrato de referência internacional Brent caía 0,5%, para US$ 37,66.
Ambos os contratos registraram seus maiores ganhos mensais em anos em maio, ajudados pelo fato de a produção de petróleo da Opep ter caído para o menor nível em duas décadas depois que um acordo foi alcançado em abril para reduzir a produção em 9,7 milhões de barris por dia.
No entanto, esse acordo termina no final de junho, e a Opep e seus aliados, incluindo a Rússia, estão considerando antecipar sua reunião, prevista para os dias 9 e 10 de junho, para esta semana.
"Um período mais curto pode tornar uma extensão dos cortes mais agradável aos russos, que não desejavam estender os cortes atuais até o final deste ano, o que teria sido sugerido por outros membros do acordo", disseram analistas do ING, em nota de pesquisa para os clientes.
A Arábia Saudita é vista como o principal instigador desse movimento para estender os cortes na produção, e deve aumentar seu preço de venda oficial para a Ásia em julho, informou a Reuters, citando fontes do setor.
O reino deve aumentar o preço do petróleo bruto de julho da Arab Light (SA:LIGT3), em média, em US$ 3,80 por barril, mostrou uma pesquisa com cinco fontes de refinaria.