Investing.com - A cotação do petróleo passou a cair nesta quinta-feira, suprimindo ganhos prévios uma vez que o aumento nos estoques e na produção dos Estados Unidos tinham ofuscavam a possibilidade de extensão para o próximo ano dos cortes na produção conduzidos pela Opep.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate perdiam US$ 0,08, ou cerca de 0,1%, com o barril negociado a US$ 64,30 às 09h55, recuando da máxima do pregão de US$ 64,83.
Enquanto isso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuava US$ 0,40, ou cerca de 0,6%, para US$ 68,36 o barril.
Os estoques de petróleo bruto dos EUA tiveram aumento de 1,6 milhão de barris na semana passada e totalizaram 429,9 milhões de barris, afirmou a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) na quarta-feira. Isso frustrou expectativas dos analistas de redução em torno de 0,2 milhão de barris.
A produção norte-americana de petróleo, conduzida pela extração de shale oil, chegou à máxima histórica de 10,43 milhões de barris por dia na semana passada, ficando acima dos níveis de produção da Arábia Saudita, principal exportador do mundo, e aproximando-se dos níveis da Rússia, maior produtor de petróleo do mundo.
Analistas e investidores alertaram recentemente que produtores de shale oil nos EUA poderiam afetar os esforços da Opep para reduzir o excesso de oferta.
A Opep, em conjunto com alguns países externos à organização liderados pela Rússia, está restringindo a produção em 1,8 milhão de barris por dia para reduzir o excesso de oferta do mercado. O acordo, que foi adotado no inverno passado, vence no final de 2018.
Fontes familiarizadas com o assunto afirmaram que o cartel e seus aliados provavelmente manterão o pacto de cortar a produção como está no ano que vem ao se reunirem em junho.
Já na China, contratos futuros de petróleo bruto de Xangai caíram 1% para 409,7 yuans (US$ 65,18) por barril, levando a nova referência a se aproximar da paridade com preços norte-americanos.
A mais recente queda faz com que a redução nos preços desde o lançamento dos contratos na segunda-feira seja de 10%.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina recuavam 0,5% para US$ 2,014 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento recuava US$ 0,6% para US$ 2,002 o galão.
Contratos futuros de gás natural avançavam 1,6%, para US$ 2,741 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que investidores aguardavam os dados semanais dos estoques, previstos ainda para este dia e com expectativas de redução de 75 bilhões de pés cúbicos.