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Petróleo sobe com ataques a embarcações no Mar Vermelho e preocupações com oferta

Publicado 18.12.2023, 11:55
© Reuters.
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Investing.com – Os preços do petróleo registravam forte alta nesta segunda-feira, 18, diante de riscos para o abastecimento global, especialmente para o importante mercado asiático, após ataques do grupo rebelde iemenita Houthi a embarcações no Mar Vermelho.

Às 11h30 de Brasília, o barril do (West Texas Intermediate, que serve de referência para os Estados Unidos, subia 3,29%, a US$ 74,05, enquanto o de Brent, referência mundial e para a Petrobras (BVMF:PETR4), se valorizava 3,23%, a US$ 78,95.

Na semana passada, ambos os benchmarks encerraram em alta, interrompendo uma série de sete semanas de baixa, após uma reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) ter alimentado expectativas de cortes nas taxas de juros no próximo ano.

Navios evitam canal de Suez 

Um navio de bandeira norueguesa foi alvo de um ataque no Mar Vermelho nesta segunda-feira, somando-se aos ataques de mísseis e drones a embarcações na região pelo grupo rebelde iemenita Houthi, apoiado pelo Irã, que afirma ser uma retaliação ao ataque de Israel à Faixa de Gaza.

Isso levou várias empresas de navegação a anunciarem no fim de semana que desviariam da região, optando pela rota mais longa ao redor do Cabo da Boa Esperança para evitar o canal de Suez.

A BP (NYSE:BP) também declarou que suspenderá todos os embarques pelo Mar Vermelho, “em vista da piora da situação de segurança para a navegação”, acrescentando que “manterá essa pausa preventiva sob constante revisão”.

Rússia reduzirá exportações de petróleo 

O mercado petrolífero já havia iniciado a nova semana em alta, após a Rússia anunciar no domingo que reduzirá as exportações de petróleo em dezembro, possivelmente em 50.000 barris por dia ou mais.

Os maiores exportadores do mundo, liderados pela Arábia Saudita e Rússia, têm buscado limitar o fornecimento ao mercado global na tentativa de sustentar os preços do petróleo.

No entanto, a última reunião foi amplamente vista como insuficiente, dado que os cortes de produção foram voluntários, aumentando o descontentamento dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecido como Opep+.

Além disso, o mau tempo levou Moscou a suspender cerca de dois terços dos carregamentos do petróleo Urals na sexta-feira, o que pode indicar que o anúncio de domingo é simplesmente uma reconfiguração da interrupção relacionada à tempestade.

Esses cortes podem ser necessários, dada a oferta contínua de fontes externas à Opep, com destaque para os EUA, que relataram um nível recorde de produção mensal em novembro.

O Goldman Sachs (NYSE:GS) reduziu sua previsão de preço para o petróleo Brent em 2024 em US$ 10 por barril, para entre US$ 70 e US$ 90, devido à produção robusta dos EUA, que deve moderar qualquer alta nos preços do petróleo.

Economia alemã puxa queda na Europa 

Os operadores também acompanhavam de perto a deterioração econômica na Europa, importante região consumidora de petróleo.

Dados divulgados na segunda-feira mostraram que a confiança empresarial na Alemanha piorou inesperadamente em dezembro, indicando que a economia líder da região pode estar caminhando para uma recessão no final do ano.

“A economia alemã deve encerrar o ano enfraquecida”, declarou o presidente do Ifo, Clemens Fuest.

O PIB alemão recuou 0,1% no terceiro trimestre, e outra queda no último trimestre do ano significaria uma recessão técnica.

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