Os contratos futuros fecharam em alta acima de 2% nesta sexta-feira, 8, interrompendo uma série de seis perdas consecutivas e subindo o bastante para levar de volta o barril do WTI para o nível acima dos US$ 70. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) segue o grande guia dos mercados, e a descrença de investidores sobre a capacidade do grupo controlar cortes e os preços após divergências internas foi destaque na queda recente das cotações. No entanto, líderes do cartel se movimentaram nos últimos dias para tentar contornar a situação.
O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 2,73% (US$ 1,89), a US$ 71,23 o barril. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), ganhou 2,42% (US$ 1,79), a US$ 75,84 o barril.
A série de quedas do petróleo chegou ao fim após cerca de 13% de perdas nos preços da commodity. No entanto, o petróleo segue ainda abaixo dos mínimos de novembro.
Para o analista da Oanda Craig Erlam, o movimento ocorreu destacando como os traders não ficaram impressionados com o "acordo" da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Para ele, a queda nos preços também sugere que os investidores não estão particularmente otimistas em relação à economia global no próximo ano.
Nesta sexta-feira, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, afirmou que o grupo Opep+ estará pronto para tomar uma decisão se a situação de mercado exigir. "Vamos analisar a situação no mercado de petróleo e, se necessário, tomar decisões apropriadas", disse. O vice-premiê também informou que a situação no mercado de petróleo requer decisões conjuntas acordadas. Na semana passada, a Opep+ concordou em realizar cortes voluntários na oferta, totalizando cerca de 2,2 milhões de barris por dia (bpd). No entanto, a decisão não conseguiu estabilizar os preços.
Já o porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov afirmou nesta sexta-feira que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o do Irã, Ebrahim Raisi, discutiram a cooperação dentro da Opep+, durante reunião na quinta-feira. Também na quinta-feira, Arábia Saudita e Rússia pediram que todos os membros do grupo se unam nos cortes à produção, para o bem da economia global, dias após uma reunião que mostrou divisões na Opep+.
Fora da Opep+, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA caiu dois na semana, a 503, de acordo com informações da Baker Hughes, empresa que presta serviços ao setor.