Por Scott DiSavino
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo avançaram para novas máximas de seis semanas nesta quinta-feira, com fortes dados econômicos dos Estados Unidos, a desvalorização do dólar e expectativas de uma recuperação na demanda ofuscando o impacto do aumento do número de casos de Covid-19 no Brasil e Índia.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 1,29 dólar, ou 1,9%, a 68,56 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) subiu 1,15 dólar, ou 1,8%, para 65,01 dólares o barril.
Com isso, ambas as referências engataram o terceiro dia consecutivo de ganhos e cravaram os mais altos níveis de fechamento desde 15 de março.
"O verão (no Hemisfério Norte) é sinônimo de temporada de viagens, e os motoristas nos EUA, China e Reino Unido estão prestes a começar a consumir mais combustível, um desenvolvimento que o mercado acredita que compensará a piora da Covid-19 na Índia", disse Bjornar Tonhaugen, head de mercados de petróleo da Rystad Energy.
Ele acrescentou que os preços do petróleo obtiveram suporte adicional da desvalorização do dólar, o que torna o "petróleo mais barato internacionalmente".
A moeda norte-americana operava ao redor de mínimas de nove semanas, pressionada pelo cenário "dovish" do Federal Reserve e por planos ambiciosos do presidente dos EUA, Joe Biden, para gastos.
(Reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin, em Londres; Florence Tan e Roslan Khasawneh, em Cingapura)