Queda de alimentos acelera e IPCA sobe menos que o esperado em julho apesar de energia elétrica
SÃO PAULO (Reuters) - A receita com as exportações de soja do Brasil nos primeiros quatro meses do ano atingiram US$14,6 bilhões, queda de 8,9% no comparativo anual influenciada por uma baixa nos preços, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura nesta quarta-feira.
Os embarques do principal produto de exportação do agronegócio do Brasil no mesmo período aumentaram 1,8%, para 37,4 milhões de toneladas, diante de uma safra brasileira recorde e também maiores compras da China.
A China, maior importador global que impôs tarifas à soja dos Estados Unidos em retaliação às taxas de Donald Trump, importou 27,7 milhões de toneladas da oleaginosa brasileira, aumento de cerca de 2 milhões de toneladas, segundo os dados.
Para todos os destinos, as exportações do Brasil no primeiro quadrimestre aumentaram menos, ou 650 mil toneladas, evidenciando uma fatia maior de embarques para o país asiático.
Já as exportações de carnes do Brasil aumentaram 10,9% em volumes no mesmo período, para 3,3 milhões de toneladas, ainda que os chineses tenham aumentado menos suas compras, com base nos dados.
Em receita de vendas de carnes para todos os destinos, o Brasil registrou US$9,2 bilhões de janeiro a abril, avanço de 20,6%.
Para a China, principal mercado paras as carnes do Brasil, foram feitas exportações de 647,9 mil toneladas, ligeira alta ante as 642,4 mil toneladas no mesmo período do ano passado.
O Brasil é o maior exportador mundial de soja e carnes de frango e bovina.
Em abril de 2025, o Brasil teve receitas de US$15,03 bilhões com todas as exportações de produtos do agronegócio, crescimento de 0,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado, refletindo a combinação entre preços internacionais mais altos e leve retração no volume embarcado, segundo o ministério.
De janeiro a abril, as receitas totais das exportações do agronegócio somaram US$52,7 bilhões, alta de 1,4%.
(Por Roberto Samora)