Ação da Raízen desaba com prejuízo bilionário em meio a aumento da dívida
Investing.com - O Barclays (LON:BARC) adotou uma postura menos conservadora em relação aos preços do petróleo no curto prazo, citando fundamentos consistentes e a intensificação das tensões geopolíticas. Em relatório divulgado nesta quinta-feira, analistas liderados por Amarpreet Singh destacaram que há uma base crescente para uma visão mais construtiva também no horizonte de médio prazo.
Segundo o banco, os dados recentes continuam superando as expectativas. Os estoques globais de petróleo bruto apresentaram aumento marginal no trimestre atual, enquanto a demanda da China, maior país importador da commodity, permanece resiliente.
A produção da Opep+, por sua vez, segue aquém das metas revisadas, e as exportações de países com maior capacidade ociosa de produção continuam relativamente constantes, conforme apontaram os estrategistas.
Nos Estados Unidos, a atividade de perfuração voltada ao petróleo registrou desaceleração. A Agência de Informação de Energia projeta que a produção se estabilizará ao longo deste ano, com recuo de 100 mil barris por dia na comparação entre trimestres.
Paralelamente, declarações recentes do presidente Donald Trump indicam estagnação nas tratativas nucleares com o Irã, um dos principais produtores globais, ainda sob rígidas sanções internacionais.
Na quarta-feira, veículos de imprensa reportaram que os EUA estão organizando uma retirada parcial de pessoal diplomático em Teerã. Autoridades iranianas já haviam alertado para possíveis ataques a bases americanas na região, caso as negociações fracassem e escalassem para um confronto direto.
Ainda segundo o Barclays, os primeiros meses do novo mandato de Trump não foram suficientes para viabilizar uma desescalada significativa na guerra na Ucrânia, tampouco para liberar volumes adicionais de petróleo russo ao mercado internacional.
Apesar do cenário de oferta restrita, os analistas alertam que o risco de uma desaceleração econômica global mais ampla segue presente, o que mantém cautela no setor.
Diante desse contexto, o Barclays avalia que o patamar de US$ 80 por barril para o Brent até 2030 está bem fundamentado. Às 13h10 de Brasília, os contratos futuros do Brent recuavam 0,20%, cotados a US$ 69,55 por barril, enquanto o WTI subia 0,01%, para US$ 68,15.