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Vibra inaugura 1º eletroposto e prevê 70 instalações em rodovias e cidades até fim de 2023

Publicado 30.06.2022, 11:58
© Reuters. O CEO da Vibra, Wilson Ferreira Jr.
29/01/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - A Vibra Energia (BVMF:VBBR3) inaugura nesta quinta-feira seu primeiro eletroposto para recarga ultrarrápida de veículos elétricos, dando início a um plano que envolve 70 instalações do tipo até o final de 2023, com investimentos estimados em cerca de 50 milhões de reais, disse à Reuters o presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior.

O projeto da maior distribuidora de combustíveis do país prevê a criação de infraestrutura voltada a veículos elétricos principalmente em rodovias, onde a carência de pontos de recarga é maior, um fator que hoje limita viagens de longa distância.

O primeiro eletroposto da Vibra foi instalado no km 82 da rodovia Presidente Dutra, em Roseira (SP), no sentido Rio de Janeiro. O espaço conta com um carregador com três pontos de recarga ultrarrápida.

Até o final de 2023, a Vibra pretende instalar 50 eletropostos em estradas, conectando sete Estados das regiões Sul e Sudeste, além de cidades como Brasília, em um corredor com quase 9 mil quilômetros de extensão.

O plano da companhia prevê ainda 20 eletropostos em locais urbanos considerados estratégicos, em cidades como Campos de Jordão (SP), onde poderá haver maior demanda por recarga de veículos elétricos.

A companhia prevê cerca de 50 milhões de reais em investimentos para a instalação dos 70 eletropostos, além de ações de marketing.

Ferreira Júnior destaca que as ações da Vibra no segmento de mobilidade elétrica fazem parte de sua estratégia de ir além da distribuição de combustíveis e se tornar uma ampla plataforma de energia, liderando o processo de transição energética no Brasil.

Ele explica que a energia elétrica que abastecerá os eletropostos de recarga ultrarrápida virá da Comerc, comercializadora da qual a Vibra detém o co-controle. A Comerc, que só atua com fontes de geração renováveis, poderá adquirir energia no mercado livre ou obtê-la a partir de usinas de geração distribuída.

"E por ser uma grande comercializadora, ela (Comerc) é capaz de colocar a energia de forma mais barata do que a tarifa regulada... (o consumidor) Terá essa vantagem também, é um preço menor do que carregar na sua casa, onde você paga uma tarifa mais cara", disse.

O executivo lembra que a Vibra já começou a atuar com mobilidade elétrica a partir de um aporte na startup EZVolt, que oferece soluções de recarga em locais públicos como estacionamentos, pontos comerciais, shoppings e condomínios. Atualmente, a EZVolt tem uma rede de 300 carregadores em nove Estados, registrando uma média superior a 3 mil recargas mensais de baterias automotivas.

© Reuters. O CEO da Vibra, Wilson Ferreira Jr.
29/01/2019
REUTERS/Amanda Perobelli

"Nosso objetivo é que, até 2030, 25% da nossa rede de 8 mil postos rodoviários detenha esse tipo de tecnologia... É um plano bem mais ambicioso, vamos fazendo à medida que a gente perceba demanda", afirmou Ferreira Júnior.

Para o presidente da Vibra, o mercado de carros elétricos no Brasil se desenvolverá de forma distinta que na Europa, uma vez que o consumidor brasileiro já tem o etanol como uma opção de combustível menos poluente que a gasolina, por exemplo.

Ele aposta, porém, que a venda de carros elétricos ou híbridos irá crescer gradualmente no país nesta década. Segundo um estudo realizado pela BCG para a Vibra, veículos elétricos e híbridos poderão representar cerca de 30% das vendas de veículos novos a partir de 2030, com participação de mais de 10% na frota circulante do Brasil.

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