Alcoa no 2º tri de 2025: Lucros caem devido à pressão nos preços da alumina, posição de caixa fortalece

Publicado 16.07.2025, 17:58
Alcoa no 2º tri de 2025: Lucros caem devido à pressão nos preços da alumina, posição de caixa fortalece

A Alcoa Corp (NYSE:AA) apresentou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2025 em 16 de julho, revelando uma queda sequencial significativa no desempenho financeiro, principalmente devido aos preços mais baixos da alumina e aos impactos de tarifas. Apesar desses desafios, a empresa fortaleceu sua posição de caixa e avançou em iniciativas estratégicas, mantendo uma perspectiva positiva de longo prazo para a demanda de alumínio.

Destaques do Desempenho Trimestral

A Alcoa reportou uma queda substancial na lucratividade para o 2º tri de 2025 em comparação com o trimestre anterior. O lucro líquido atribuível à Alcoa Corp diminuiu para US$ 164 milhões, ante US$ 548 milhões no 1º tri, enquanto o lucro por ação ajustado caiu para US$ 0,39, de US$ 2,15. A receita diminuiu para US$ 3,02 bilhões, de US$ 3,37 bilhões no trimestre anterior.

Como mostrado no seguinte gráfico de resumo de resultados, tanto os preços realizados de alumínio quanto de alumina diminuíram sequencialmente, contribuindo significativamente para a queda nos lucros:

Apesar da pressão sobre os lucros, a Alcoa manteve um forte desempenho operacional, sem registrar acidentes fatais ou graves durante o trimestre. A empresa também cobriu quase todas as exposições energéticas restantes em sua instalação de Mosjøen com contratos plurianuais e concluiu com sucesso a transação Ma’aden em 1º de julho por US$ 1,35 bilhão, gerando US$ 150 milhões em receitas de caixa.

O slide a seguir destaca essas principais conquistas em segurança, operações e execução estratégica:

Análise Financeira Detalhada

A queda sequencial no EBITDA ajustado da Alcoa foi impulsionada principalmente pelos preços mais baixos da alumina, que tiveram um impacto negativo de US$ 338 milhões. Ventos contrários adicionais incluíram tarifas (US$ 95 milhões), custos de produção (US$ 50 milhões) e efeitos cambiais (US$ 21 milhões). Estes foram parcialmente compensados por contribuições positivas de energia (US$ 20 milhões), preço/mix (US$ 27 milhões) e volume (US$ 21 milhões).

O seguinte gráfico ponte ilustra esses fatores que impactaram a queda sequencial de US$ 542 milhões no EBITDA ajustado:

Apesar da queda nos lucros, a posição de caixa da Alcoa fortaleceu-se durante o trimestre, aumentando de US$ 1,2 bilhão em 31 de março para US$ 1,5 bilhão em 30 de junho de 2025. Essa melhoria foi impulsionada por mudanças positivas no capital de giro e contribuição do EBITDA ajustado, parcialmente compensadas por despesas de capital, pagamentos ambientais e outros itens.

A seguinte ponte de fluxo de caixa fornece um detalhamento detalhado desses movimentos:

A Alcoa manteve fortes métricas financeiras durante o primeiro semestre de 2025, incluindo um retorno sobre o patrimônio líquido de 22,5% no acumulado do ano, capital de giro estável em 47 dias e US$ 366 milhões em fluxo de caixa livre acumulado no ano, além de contribuições líquidas de participações não controladoras.

Como ilustrado no seguinte resumo de métricas:

Iniciativas Estratégicas e Posição de Mercado

A Alcoa concluiu a venda de sua joint venture Ma’aden em 1º de julho, gerando US$ 150 milhões em receitas de caixa. A empresa também recebeu uma decisão favorável da Receita Federal Australiana, resultando em um depósito de US$ 69 milhões mais US$ 9 milhões em juros recebidos em 2 de julho, embora a Alcoa deverá aproximadamente US$ 225 milhões em impostos em dinheiro até junho de 2026.

Em resposta às tarifas americanas sobre o alumínio, a Alcoa tem redirecionado o alumínio canadense e se engajado em esforços de advocacia com autoridades. A empresa também estendeu seu acordo de fornecimento com a Prysmian e completou sua primeira venda de produto de valor agregado EcoLum na América do Norte.

Dinâmica de Mercado e Posição na Indústria

Os preços da alumina enfrentaram pressão de queda durante o trimestre, embora os cortes de refinarias e manutenções na China tenham ajudado a estabilizar o mercado. A incerteza no fornecimento de bauxita persiste devido à revogação de licenças de mineração na Guinea, agravada pela aproximação da estação chuvosa.

O gráfico a seguir ilustra essa dinâmica do mercado de alumina:

No mercado de alumínio, os preços da LME se recuperaram no 2º tri de US$ 2.285/mt para US$ 2.600/mt, embora os preços médios tenham caído em comparação trimestral. O aumento da tarifa dos EUA para 50% elevou o prêmio do Midwest, embora permaneça abaixo do nível de equilíbrio considerando o impacto total da tarifa.

As tendências do mercado de alumínio são ilustradas neste gráfico:

A demanda permaneceu estável na Europa e América do Norte durante o 2º tri, embora a incerteza tarifária tenha impedido uma recuperação sustentada. A Alcoa relatou volumes de pedidos de produtos de valor agregado estáveis na América do Norte, com demanda saudável por produtos de placas, tarugos e vergalhões. Na Europa, os volumes de produtos de valor agregado melhoraram ligeiramente em comparação trimestral, com a demanda por tarugos melhorando e a demanda por vergalhões e placas permanecendo forte.

Declarações Prospectivas

A Alcoa mantém uma perspectiva positiva de longo prazo para a demanda de alumínio, impulsionada por várias megatendências, incluindo eletrificação de transportes, expansão de energia renovável, modernização da rede e crescimento de data centers. A empresa projeta um CAGR de demanda de alumínio primário de 3,8% na América do Norte e 1,5% na Europa para 2025-2030.

O gráfico a seguir detalha esses impulsionadores de demanda de longo prazo:

Para o ano completo de 2025, a Alcoa espera uma produção de alumina de 9,5-9,7 milhões de toneladas métricas e produção de alumínio de 2,3-2,5 milhões de toneladas métricas. As áreas de foco da empresa incluem segurança, estabilidade operacional, melhoria contínua, avanço no diálogo de reforma tarifária e progresso nas aprovações de mineração na Austrália Ocidental.

Como mostrado no slide de perspectivas:

Olhando para o futuro, o CEO da Alcoa, William Oplinger, enfatizou o compromisso da empresa em "focar em segurança, estabilidade, melhoria contínua" enquanto adapta as operações para preservar a lucratividade em meio a condições desafiadoras de mercado.

As ações da Alcoa fecharam a US$ 28,49 em 16 de julho de 2025, com alta de 0,25% no dia, e ganharam 0,56% adicionais nas negociações após o expediente, seguindo a divulgação dos resultados. A ação tem sido negociada entre US$ 21,53 e US$ 47,77 nas últimas 52 semanas.

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