Na segunda-feira, o JPMorgan manteve sua classificação Underweight para a Transocean (NYSE:RIG), uma importante empresa de perfuração offshore. A firma apontou preocupações do setor sobre espaços em branco no calendário e possíveis riscos de ganhos como razões para a postura cautelosa. A Transocean tem gerenciado ativamente esses desafios implementando programas de preenchimento de lacunas, como a extensão de 40 dias para o Deepwater Invictus, que foi discutida durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre da empresa.
Apesar das preocupações mais amplas do setor, a Transocean é considerada relativamente protegida desses riscos, já que a empresa garantiu contratos para a maioria de sua frota de flutuadores ativos para o segundo semestre de 2024 e até 2025. No entanto, dois navios-sonda de alta especificação, o Deepwater Conqueror e o Deepwater Mykonos, têm contratos que terminam em 2025. A Transocean indicou perspectivas promissoras para o Deepwater Conqueror após seu contrato com a Chevron em abril de 2025, e espera-se que o Deepwater Mykonos permaneça ativo no offshore do Brasil após o término de seu contrato com a Petrobras em outubro de 2025.
O JPMorgan prevê que o EBITDA do terceiro trimestre da Transocean ficará abaixo das estimativas de consenso em 278 milhões de dólares, o que está alinhado com a orientação da empresa. Além disso, em 10 de setembro, a Transocean anunciou um contrato significativo de um ano no valor de 232 milhões de dólares para o Deepwater Atlas com a BP, com uma taxa diária de 636.000 dólares. A firma também antecipa que a Transocean reconhecerá 638 milhões de dólares em custos de desvalorização não monetários relacionados à venda do Development Driller III e do Discoverer Inspiration, com os rendimentos destinados à redução da dívida após o fechamento esperado da transação no quarto trimestre de 2024.
Para o quarto trimestre de 2024, o EBITDA é projetado em 342 milhões de dólares, ligeiramente abaixo da estimativa do mercado. A previsão de EBITDA do JPMorgan para o ano inteiro de 2024 é de 1,10 bilhão de dólares, ficando 1,0% abaixo da estimativa do mercado. Olhando para 2025, a firma espera um aumento significativo no fluxo de caixa à medida que os gastos de capital diminuem para níveis de manutenção, auxiliando nos esforços de desalavancagem da Transocean. A última parcela de gastos de capital para a construção do Deepwater Aquila ocorrerá no quarto trimestre de 2024, sem novas construções ou reativações planejadas.
O JPMorgan revisou suas estimativas de EBITDA para 2024 e 2025 para 1.102 milhões de dólares e 1.402 milhões de dólares, respectivamente, de estimativas anteriores de 1.116 milhões de dólares e 1.559 milhões de dólares. Esses números revisados representam uma diminuição de 1,0% e 7,1% em comparação com as estimativas de consenso. A firma também prevê um fluxo de caixa livre de 129 milhões de dólares para 2024 e 806 milhões de dólares para 2025. A reiteração da classificação Underweight é baseada principalmente na avaliação, com as ações da Transocean negociando a 8,8 vezes e 6,9 vezes as estimativas de EV/EBITDA do JPMorgan para 2024-25.
Em outras notícias recentes, a Transocean foi sujeita a vários desenvolvimentos significativos. As ações da empresa foram rebaixadas de Compra para Neutro devido a uma metodologia de previsão revisada, que antecipa possíveis declínios nas expectativas de EBITDA da empresa para 2025. Apesar disso, a Transocean garantiu um contrato significativo com a BP para operações no Golfo do México dos EUA, adicionando aproximadamente 232 milhões de dólares à carteira de pedidos da empresa.
A Transocean também garantiu um contrato avaliado em aproximadamente 123 milhões de dólares com a Reliance Ind para perfurar seis poços offshore na Índia, com início previsto para 2026. Os resultados do segundo trimestre de 2024 da empresa mostraram um EBITDA ajustado de 284 milhões de dólares e receitas de perfuração contratadas de 861 milhões de dólares, apesar de um prejuízo líquido de 123 milhões de dólares no trimestre.
A Transocean anunciou ainda alterações em seus Regulamentos Organizacionais, fundindo o Comitê de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Sustentabilidade com o Comitê de Governança Corporativa para formar o novo Comitê de Governança, Segurança e Meio Ambiente, visando melhorar a eficiência operacional.
Insights do InvestingPro
O panorama financeiro da Transocean, conforme revelado pelos dados do InvestingPro, fornece contexto adicional à postura cautelosa do JPMorgan. A capitalização de mercado da empresa é de 3,76 bilhões de dólares, com um índice preço/valor contábil de 0,35, indicando que a ação pode estar subvalorizada em relação aos seus ativos. Isso está alinhado com uma das Dicas do InvestingPro, que observa que a Transocean está "negociando a um múltiplo baixo de Preço / Valor Contábil".
Apesar do crescimento da receita de 15,07% nos últimos doze meses, a Transocean enfrenta desafios de lucratividade. O índice P/L negativo da empresa de -11,08 e a renda operacional de -1 milhão de dólares ressaltam os obstáculos financeiros mencionados no artigo. Esses números corroboram outra Dica do InvestingPro que afirma que a Transocean "não é lucrativa nos últimos doze meses".
A volatilidade no preço das ações da Transocean, conforme destacado pelo InvestingPro, é evidente em seu desempenho de preço. Com um retorno total de preço de -44,23% em um ano e atualmente negociando a 55,77% de sua máxima de 52 semanas, os movimentos da ação refletem as preocupações do setor e os riscos de ganhos discutidos na análise do JPMorgan.
Para investidores que buscam uma compreensão mais abrangente da posição financeira da Transocean, o InvestingPro oferece 6 dicas adicionais, fornecendo uma análise mais profunda das perspectivas e desafios da empresa no setor de perfuração offshore.
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