Na segunda-feira, o JPMorgan ajustou sua posição sobre as ações da Assai Atacadista (NYSE: ASAI), rebaixando a recomendação de Overweight para Neutro e estabelecendo um novo preço-alvo de $10,50.
A firma de investimentos citou preocupações sobre a flexibilidade limitada de capital da empresa e alto nível de alavancagem, o que poderia colocar em risco os planos de investimento de curto prazo e obscurecer a visibilidade das operações de médio a longo prazo. A relação dívida líquida ajustada/EBITDA da Assai Atacadista está em 3,8x no segundo trimestre de 2024.
A empresa já reduziu seus planos de expansão nos últimos dois anos e, com potenciais aumentos nas taxas de juros no horizonte, pode limitar ainda mais as novas aberturas de lojas para menos de dez, a fim de conservar os gastos de capital e melhorar o fluxo de caixa livre. O analista também observou que as taxas de juros mais altas previstas poderiam representar riscos para os prazos de pagamento da empresa e o financiamento do capital de giro.
A Assai Atacadista enfrenta um mercado altamente competitivo, e há pouco espaço para aumentar a agressividade comercial para impulsionar as vendas e os lucros operacionais. Desde o quarto trimestre de 2023, a empresa implementou importantes iniciativas de eficiência, o que limita sua capacidade de reduzir ainda mais as despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A) para apoiar investimentos na margem bruta.
O relatório afirma que a Assai poderia entrar em um ciclo negativo de crescimento lento e desalavancagem limitada, potencialmente necessitando de maior racionalização dos gastos de capital. Apesar de um alto valor intrínseco indicado pelos modelos de fluxo de caixa descontado (DCF), as ações da Assai tiveram um desempenho significativamente inferior, caindo 50% nos últimos 24 meses em comparação com um aumento de 22% no índice Ibovespa.
Esse desempenho inferior é atribuído à racionalização dos gastos de capital, canibalização e concorrência, levando a sucessivas revisões para baixo nas estimativas de lucro por ação (EPS).
O JPMorgan reduziu significativamente suas estimativas de EPS para 2024 e 2025 em 20%, colocando-as aproximadamente 20% abaixo do consenso do mercado. A firma também destaca que a Assai está sendo negociada a um múltiplo preço/lucro (P/L) de 13x para as estimativas de 2025, o que representa um prêmio em comparação com outros varejistas brasileiros com melhor desempenho.
Sem um aumento de capital, que a administração recentemente descartou, o JPMorgan vê catalisadores limitados de curto prazo para a Assai e falta de clareza sobre as perspectivas de crescimento no médio a longo prazo.
O novo preço-alvo de R$11,50 por ação para dezembro de 2025 é baseado em um múltiplo P/L alvo de 11,5x para 2026, que se alinha com a mediana das estimativas do varejo brasileiro para 2025. Este novo alvo substitui o preço-alvo anterior de R$18 por ação para dezembro de 2025, derivado do DCF. Apesar do rebaixamento, o JPMorgan continua preferindo a Assai Atacadista em relação ao Carrefour Brasil, que mantém uma classificação Neutra.
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