Por Fabian Cambero
SANTIAGO (Reuters) - O órgão regulador de saúde do Chile aprovou nesta quarta-feira o uso emergencial da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa CanSino (HK:6185), no momento em que o país avança com uma grande campanha de vacinação e luta contra um aumento de casos.
O Chile foi palco de um teste em estágio final para a vacina da CanSino, e o presidente Sebastian Piñera disse no final de março que havia assinado um acordo para comprar 1,8 milhão de ampolas da vacina de dose única.
A vacina, que recebeu aprovação semelhante na China, México, Paquistão e Hungria, deve chegar em maio e junho, disse a Presidência, e pode ajudar a inocular as populações mais rurais do país, já que requer apenas uma injeção.
A vacina de dose única da Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34) também teve um teste no Chile, mas um acordo há muito prometido para o fornecimento não se concretizou devido à demanda nos Estados Unidos e na Europa.
O Instituto de Saúde Pública (ISP) aprovou o uso emergencial do imunizante da CanSino por 10 votos a favor, dois contra e uma abstenção, para pessoas de até 60 anos.
O Chile vacinou até agora 7,1 milhões de pessoas com pelo menos uma dose das vacinas da Sinovac (NASDAQ:SVA) ou Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) / BioNTech (DE:22UAy) (SA:B1NT34) e 4,2 milhões com duas doses. Seu objetivo é vacinar 9 milhões de pessoas com pelo menos uma dose até 9 de maio e 80% de sua população-alvo até julho.
O país enfrenta atualmente o pior surto do vírus até agora, atingindo um pico de mais de 8.000 casos na semana passada.