Petróleo tem mínima desde junho com corte de preço saudita e surtos de Covid-19

Publicado 08.09.2020, 17:47
Atualizado 08.09.2020, 18:05
© Reuters. Produção de petróleo nos EUA
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Por Laura Sanicola

NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo caíram acentuadamente nesta terça-feira, com o Brent recuando abaixo de 40 dólares por barril pela primeira vez desde junho e a commodity cotada nos EUA recuando quase 8% depois que a Arábia Saudita cortou seus preços de venda para outubro.

Além disso, infecções por coronavírus estão aumentando na Índia, Grã-Bretanha, Espanha e várias partes dos Estados Unidos, onde a taxa de contágio não é controlada há meses. A retomada dos casos da doenças pode enfraquecer a recuperação econômica global e a demanda por combustíveis.

O petróleo dos EUA (WTI) recuou 3,01 dólares, ou 7,6%, para 36,76 dólares o barril, atingindo um patamar que não era visto desde 15 de junho. Já os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 2,23 dólares, ou 5,3%, a 39,78 dólares por barril.

Ambos os contratos referenciais da commodity estão abaixo das faixas de negociação que persistiram desde agosto. O Brent caiu pelo quinto dia consecutivo e perdeu mais de 10% desde o final do mês passado.

O fim de semana do Dia do Trabalho marcou o encerramento da temporada de verão nos EUA, quando a demanda por gasolina é maior, agravando um problema de oferta e demanda no mercado, de acordo com Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho.

Na segunda-feira, a cotação caiu depois que a petrolífera estatal da Arábia Saudita, Aramco (SE:2222), cortou os preços oficiais de venda para outubro de seu petróleo leve árabe, um sinal de redução da demanda.

© Reuters. Produção de petróleo nos EUA

"Os cortes de preços sauditas anunciados no domingo tornaram o WTI pouco atraente para os compradores asiáticos", disse o analista de energia localizado no Colorado, Phil Verleger, da PK Verleger LLC.

Ainda assim, o petróleo se recuperou das mínimas históricas atingidas em abril, graças a um corte recorde de oferta realizado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecida como Opep+. Os produtores vão se reunir no dia 17 de setembro para revisar os cortes.

(Com reportagem adicional de Alex Lawler em Londres, Sonali Paul e Seng Li Peng)

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