Por Richard Cowan e Makini Brice e David Morgan
WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos aprovou neste sábado o plano de alívio do presidente Joe Biden contra os efeitos do coronavírus no valor de 1,9 trilhão de dólares, após uma sessão que durou a noite toda em que os democratas se desentenderam sobre o auxílio-desemprego e a minoria republicana falhou nas tentativas de incluir algumas emendas.
O projeto final inclui 400 bilhões de dólares em pagamento único de 1.400 dólares à maioria dos norte-americanos, 300 dólares por semana em auxílio-desemprego ampliado para as 9,5 milhões de pessoas que ficaram sem trabalho na crise e 350 bilhões de dólares em ajuda a governos estaduais e locais com problemas orçamentários.
O Senado aprovou por 50 a 49, sem nenhum republicano votando a favor, o que será um dos maiores pacotes de estímulo na história dos EUA.
A luta, entretanto, ainda não acabou, já que o projeto precisa voltar à Câmara dos Deputados, que aprovou uma versão ligeiramente diferente há uma semana.
O impasse dentro do Partido Democrata sobre o auxílio-desemprego e o esforço durante toda a noite dos republicanos em apresentar emendas a um projeto que pesquisas mostram ser popular entre os eleitores ilustram a dificuldade que Biden terá em aprovar outras políticas em um Congresso que os democratas controlam com pequena maioria.
O Senado bateu o recorde de maior votação única na era moderna - 11 horas e 50 minutos - enquanto democratas negociavam um meio-termo em auxílio-desemprego para satisfazer centristas como o senador Joe Manchin, que estava preocupado que um pacote tão grande pudesse superaquecer a economia.