CriptoFácil - Prevista para o final de março e o começo de abril, a implementação Shanghai, no Ethereum, está próxima de ser lançada. A nova versão da blockchain e vem gerando tanto hype como o The Merge.
Não é para menos. A implementação Shanghai irá liberar todo o ETH colocado em staking desde que os testes do The Merge começaram. Atualmente, quase 10% de todo o Ethereum em circulação está atualmente bloqueado em staking.
Embora a Shanghai possa causar uma liquidação significativa inicialmente, causando um aumento no ETH disponível no mercado, espera-se que seja um fenômeno de curto prazo, de acordo a avaliação dos analistas. Além disso, eles argumentam que a médio e longo prazo, a atualização pode contribuir para uma maior estabilidade de preços.
Dan Smith, analista da Blockworks Research, explica que, ao contrário da maioria das blockchains de PoS que têm um período definido de retirada, o Ethereum emprega uma “fila de retirada dinâmica”. No entanto, esta fila de saída tem limitações para evitar que todo o conjunto de validadores saia de uma só vez.
Venda ou compra?
Ainda de acordo com Smith, “se assumirmos que ocorre o escoamento máximo permitido pelo protocolo, ou seja, o pior cenário, vemos uma pressão vendedora em torno de US$ 95 milhões por dia, nos primeiros 3 dias. Este valor equivale a somente 2% do volume de 24 horas, segundo o CoinGecko”.
Essa avaliação também coincide com a de Rich Falk-Wallce, CEO da Arcane. Ele acredita que levaria mais de dois anos para que o número de validadores fosse reduzido para 100.000. De acordo com o CEO, atualmente há 536.000 e a projeção considera que ocorra o fluxo máximo de validadores.
Se esse cenário se concretizar, Falk-Wallace estima que a pressão de venda pode chegar a cerca de 6% do volume diário (0,2% do ETH total) nos primeiros três dias. Este número poderia chegar a 1% nos próximos seis meses e 0,3% em 18 meses.
Por fim, Lachlan Feeney, CEO da agência australiana de desenvolvimento de blockchain Labrys, disse que permitir que todos os depositantes retirem sua participação reduz o risco para o Ethereum. Além disso, Feeney também considera um fortalecimento do ativo no longo prazo.
“Esperamos que mais e não menos ETH sejam colocados em staking no médio a longo prazo”, disse ele.