Embora o Bitcoin tenha uma comunidade forte de entusiastas e apoiadores, os críticos também são numerosos. Prova disso é que a criptomoeda já foi declarada “morta” pelo menos 414 vezes desde 2010.
De acordo com o site 99 Bitcoins, que é responsável por catalogar todas as declarações, o BTC “morreu” 21 vezes apenas em 2021.
O episódio mais recente foi registrado na última terça-feira (18), quando Tim (SA:TIMS3) Mullaney escreveu um artigo para o MSN sobre “a dura verdade” a respeito do Bitcoin. No texto, o crítico afirmou que, até hoje, o Bitcoin não fez nada.
“A criptomoeda mais negociada do mundo não vale basicamente nada”, disse Mullaney.
Críticos declaram morte do Bitcoin
Não é de hoje que o Bitcoin é duramente criticado. Segundo o catálogo do 99 Bitcoins, o primeiro caso registrado de declarações afirmando que o BTC falhou é de 2010.
À época, o BTC valia apenas US$ 0,23, mas já era considerado um fracasso. Pelo menos para o portal Underground Economist.
Um artigo publicado em dezembro daquele ano tentava explicar por que o Bitcoin não pode ser considerado uma moeda. Vale destacar que, embora seja antigo, esse é um debate que se estende até os dias de hoje.
O ano em que o BTC foi declarado morto mais vezes (124) foi 2017, ao sair de cerca de US$ 820 para US$ 17.000.
Talvez a menção mais emblemática à morte da criptomoeda em 2017 tenha sido a do LinkedIn. No mês de fevereiro, quando o Bitcoin custava cerca de US$ 14.600, foi publicada uma matéria chamando o Bitcoin de “o maior esquema Ponzi da história da humanidade”.
A autora da matéria, Vivek Wadhwa, afirmou ainda que o Bitcoin era “vazio e especulativo”.
O ano de 2018 também não poupou o Bitcoin. Foram ao menos 93 obituários, entre eles um da Forbes. Vale destacar que, atualmente, a famosa agência de notícias tem uma página em seu site dedicada a artigos sobre criptomoedas e blockchain.
Contudo, em 2018, a Forbes não esperava muito do Bitcoin. Um de seus artigos chegou a dizer que a ideia de que a criptomoeda poderia ser adotada amplamente era “ridícula”.
Já nos anos de 2019 e 2020, os obituários diminuíram. Em 2019 foram 41 mortes declaradas, com destaque para uma matéria do Yahoo que também chamou o BTC de pirâmide. Já em 2020, foram apenas 14 declarações de morte.
Mais mortes à vista? Nesta quarta-feira (19), o mercado de criptomoedas derreteu. O Bitcoin, particularmente, chegou a registrar uma queda de quase 20% em 24 horas e, no momento, está sendo negociado em US$ 35.340.
Para quem já conhece minimamente o mercado, correções como essas não são atípicas e fazem parte do “jogo”.
Entretanto, para muitos críticos este pode ser um motivo para decretar a morte da criptomoeda.