CriptoFácil - Bloomberg, o novo serviço da exchange tem como foco clientes institucionais, ou seja, grandes investidores. Com isso, a Coinbase (NASDAQ:COIN) pretende ocupar o espaço deixado por grandes players como a Genesis e a BlockFi.
De acordo com o recente registro feito junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), o novo serviço já recebeu mais de US$ 57 milhões dos investidores. Por enquanto, apenas os clientes da Coinbase Prime poderão utilizar a nova plataforma.
“Com este serviço, as instituições podem optar por emprestar ativos digitais à Coinbase em termos padronizados num produto que se qualifica para uma isenção do Regulamento D”, disse a Coinbase.
O lançamento ocorre no mesmo dia em que a Coinbase anuncia seu programa de recompra de títulos de US$ 180 milhões. Isto é, a exchange pretende adiantar o pagamento de algumas dívidas que vencem em 2031. A exchange tinha um programa de empréstimos com garantia em Bitcoin (BTC), mas a empresa encerrou o serviço em julho.
Coinbase e empréstimos
A Coinbase já entrou no espaço de empréstimos, conforme dito sobre os empréstimos em BTC. Neste caso, porém, a baixa demanda dos clientes levou a companhia a encerrar o serviço Coinbase Borrow. Outro problema é que o programa atendia investidores de varejo, o que tornava a Coinbase alvo da SEC por suposta violação de valores.
Além disso, em junho, a SEC apresentou acusações contra a Coinbase relacionadas à sua oferta e venda não registrada de títulos vinculados ao seu programa de staking como serviço. Este programa permitiu que os usuários delegassem suas moedas à Coinbase para obter rendimentos para proteger redes blockchain, como o Ethereum.
Em troca dessa delegação, os usuários recebem recompensas em forma de juros. Contudo, a SEC acusou a Coinbase de oferecer produtos de investimento. Dessa forma, a exchange cancelou o serviço, junto com outras plataformas, que também encerraram o staking nos EUA.
Notavelmente, várias empresas proeminentes de empréstimo de criptomoedas enfrentaram dificuldades financeiras no ano passado. Os três exemplos mais notáveis foram a Celsius Network, a BlockFi e a Genesis Global, que entraram com pedido de recuperação judicial num espaço de poucos meses.
Estes credores envolveram-se em estratégias de alto risco que não produziram resultados favoráveis durante a queda do mercado. Isso causou um efeito dominó de falências que reduziram significativamente as opções de empréstimo e a alavancagem para os investidores.