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Criptomoedas: bitcoin recua e volta a ficar abaixo dos US$ 100 mil, em intensa volatilidade

Publicado 12.12.2024, 18:18
© Reuters Criptomoedas: bitcoin recua e volta a ficar abaixo dos US$ 100 mil, em intensa volatilidade
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O bitcoin recuou nesta quinta-feira, 12, voltando a ficar abaixo dos US$ 100 mil, em um período de intensa volatilidade do ativo que vem de intensas variações desde que atingiu este nível inédito de preços.

Por um lado, investidores buscam apoio nos sinais favoráveis da futura administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, mas a elevada cotação do ativo impulsiona correções.

O bitcoin caia 1,55%, a US$ 99.652,00, no intervalo de 24 horas até as 17h (de Brasília). O ethereum ganhava 1,83%, a US$ 3.880,59, no mesmo horário. As cotações são da Binance.

Guto Antunes, head de ativos digitais do Itaú (BVMF:ITUB4), lembra que o bitcoin é volátil, arriscado e que costuma ter grandes movimentos de correção. De acordo com ele, os US$ 100 mil geram um ponto de tensão e maior liquidez. Por outro lado, Antunes considera que há fatores no radar que podem trazer uma movimentação positiva para a criptomoeda, como uma regulamentação favorável ao setor nos Estados Unidos, que poderia alavancar a entrada de capital institucional.

Brian Quintenz, ex-comissário da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos (CFTC), é apontado como o principal candidato para presidir a CFTC na administração de Trump. De acordo com uma reportagem da Bloomberg, pessoas familiarizadas com o assunto afirmaram que Quintenz foi entrevistado para a posição. Atualmente, Quintenz lidera a divisão de políticas cripto da Andreessen Horowitz (a16z) e possui experiência em supervisionar iniciativas políticas-chave na CFTC entre 2017 e 2021.

Um tema que chama a atenção é a Microstrategy, empresa tem acumulado bitcoins nos últimos anos, financiados tanto por dívida quanto por capital próprio. Segundo o Julius Baer, recentemente, o financiamento da dívida tem sido a forma mais prevalente de acesso ao capital, nomeadamente através da emissão de obrigações convertíveis. A emissão aumenta o número de ações da Microstrategy em circulação, diluindo o seu direito a lucros futuros. aponta o banco.

No entanto, desde que o bitcoin suba e as ações se valorizem, isso não importa muito para os acionistas. Os investidores tradicionais em obrigações convertíveis não procuram necessariamente um direito sobre os ativos, mas os compradores marginais da emissão da Microstrategy são fundos de cobertura que procuram uma volatilidade relativamente barata; essencialmente, está à venda, abrindo uma vasta gama de oportunidades de arbitragem. "É sem dúvida um ciclo de auto-reforço, e também muito perigoso para o bitcoin, com a dívida resultando em uma demanda adicional de Bitcoin pela Microstrategy, levando a preços mais altos do bitcoin e da empresa, e mais dívida", conclui.

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