As finanças descentralizadas, ou DeFi, estão “recriando todo o sistema financeiro”. Esta é a visão do bilionário Jim Bianco, presidente da Bianco Research e colunista da Bloomberg.
Bianco deu sua opinião sobre o mercado durante uma entrevista em vídeo para a Fox News na terça-feira (2). Na ocasião, ele chegou a comparar DeFi com tecnologias como Uber (NYSE:UBER) (SA:U1BE34) e o e-mail.
“DeFi pode revolucionar o sistema financeiro atual da mesma forma que as empresas de compartilhamento de caronas fizeram com as empresas de táxi e o e-mail fez com os jornais”, disse.
Otimismo com DeFi e Bitcoin
No entanto, de acordo com Bianco, DeFi ainda está evoluindo. Por isso, é de se esperar que haja erros e problemas neste mercado.
“[O mercado DeFi] é nascente e cheio de erros. Tem problemas, mas eles vão resolvê-los”, disse o veterano de Wall Street.
Bianco não fez elogios apenas para as DeFi. Ele disse recentemente que também está otimista com o Bitcoin e as criptomoedas em geral. Contudo, alertou que elas estão começando a ser afetadas pelo mercado como um todo.
Na semana passada, Bianco participou de uma discussão sobre a queda do preço do Bitcoin enquanto o preço dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos registravam aumento de juros.
“As criptomoedas estão começando a assumir as propriedades de ativos financeiros, de forma que parecem ser afetadas por eventos do mercado financeiro”, disse Bianco.
DeFi cresceram de forma exponencial em 2020
As DeFi são protocolos que trazem a mudança de sistemas financeiros tradicionais centralizados para plataformas descentralizadas. Essas plataformas são habilitadas por tecnologias de blockchain e tokens.
O mercado DeFi testemunhou um crescimento explosivo nos últimos 12 meses. Recentemente, o valor total alocado em projetos DeFi atingiu pela primeira vez a barreira dos US$ 40 bilhões.
São mais de R$ 200 bilhões alocados apenas em projetos do tipo. Isso já representa 20% do valor de mercado do Bitcoin. As DeFi contam com defensores dizendo que elas democratizarão as finanças cortando intermediários como bolsas de valores, credores e empresas de seguro.