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Farm e liquidity pool: entenda o que é e como usar

Publicado 21.06.2021, 06:00
Farm e liquidity pool: entenda o que é e como usar
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Em finanças descentralizadas (DeFi), é comum darmos de cara com pelo menos dois termos: farm e liquidity pool. Este último também pode ser traduzido como pool de liquidez. Ambos possuem grande importância no funcionamento das DeFi, pois asseguram o bom funcionamento do mercado e permitem que investidores recebam rendimentos sobre seus tokens.

Mas o que é uma farm e como ela funciona? E os pools de liquidez, o que eles representam para os tokens DeFi? De certa forma, eles utilizam contratos inteligentes para prover serviços similares ao mercado tradicional, porém com as características, vantagens (e riscos) das DeFi. Hoje vamos conferir o que são e como eles funcionam.

Pools de liquidez

Os pools de liquidez são ferramentas fundamentais para garantir o bom funcionamento do mercado. Eles funcionam permitindo que usuários possam deixar seus tokens bloqueados em troca de recompensas. Os tokens bloqueados garantem que o mercado terá uma oferta suficiente e, com isso, as negociações poderão ocorrer sem problemas de liquidez.

É importante não confundir os pools de liquidez com pools de mineração via Prova de Trabalho (PoW) e Prova de Participação (PoS). Apesar dos nomes parecidos, a função de cada um deles é diferente. Os pools de liquidez garantem e aumentam a liquidez das negociações, especialmente entre as exchanges descentralizadas (DEX).

Quanto mais pools uma DEX possui, mais fácil é negociar os tokens que estão listados nela. Cada pool é ligado a um contrato inteligente, no qual os usuários depositam os tokens para a DEX. Esses depositários são chamados de provedores de liquidez ou liquidity pool (LP, na sigla em inglês). O processo funciona da seguinte forma;

  • O PL escolhe qual pool gostaria de negociar;
  • Ele envia os tokens para o endereço do contrato inteligente do pool;
  • Feito isso, ele recebe os tokens de pool que comprovam seu investimento;
  • A remuneração ocorre por meio das taxas pagas em cada transação.

Funcionamento de um pool de liquidez

De modo geral, um pool de liquidez é composto por um par de tokens. Por exemplo, o par DAI e Ether (DAI/ETH) é um pool formado pela stablecoin DAI e a criptomoeda Ether. Cada pool oferece um novo mercado para os tokens que formam o par. Um usuário que desejar prover liquidez para esse pool precisa depositar uma quantidade igual de ambos os tokens.

Ou seja, para oferecer liquidez, alguém que depositar R$ 100 em ETH precisará depositar R$ 100 em DAI. Os depósitos são realizados por meio do endereço que compõe o contrato inteligente. Neste cenário, o LP contribuiu com um total R$ 200 no pool, tendo uma participação proporcional ao valor depositado.

Ele poderá sacar o total em ETH ou DAI a qualquer momento, com total liquidez. Um LP fornece liquidez principalmente para as DEX. A Uniswap é uma das exchanges que possuem maior liquidez no mercado, justamente por causa da grande quantidade de LPs em sua plataforma.

Esse modelo possui uma diferença em relação às exchanges tradicionais, pois não depende de ordens. Assim, o LP precisa apenas pedir o saque de seus fundos para recebê-los imediatamente. Os pools de liquidez eliminam a necessidade de emitir ordens de compra ou venda e ter que esperar um vendedor ou comprador para executá-las.

Incentivos para fornecer liquidez e retirada de fundos Além da facilidade, os LPs recebem incentivos para deixar seus tokens travados no pool. Cada depósito realizado gera um token para eles, chamado token de pool. No exemplo do pool DAI/ETH, o token gerado se chamaria DAIETH. Esse token dá direito a benefícios como participação nas taxas geradas pela DEX em cada negociação.

Por exemplo, imaginemos que as taxas de negociação para o pool DAI/ETH sejam de 0,3%. Um LP realizou contribuições (também chamadas de apostas) com um valor que equivale a 10% da liquidez total do pool. Esse LP terá direito a 10% de 0,3% do valor total de todas as negociações. O primeiro LP, aquele que fornece liquidez para o pool, também poderá estabelecer o preço inicial das negociações.

Caso deseje retirar os fundos aplicados na plataforma, o LP deverá realizar a queima de seus tokens de pool. Com esse processo, os tokens são descartados do mercado. Após isso, ele poderá retirar o valor travado no contrato inteligente. O processo é, conforme visto no tópico anterior, rápido e sem a necessidade de colocar ordens na exchange.

A importância da liquidez

Os pools de liquidez são importantes para garantir a fluidez das negociações de tokens DeFi. Por ser um mercado muito recente, as DeFi não são conhecidas da maioria das pessoas, o que torna necessária essa liquidez, permitindo que não haja problemas na negociação dos tokens. Assim, a liquidez ajuda a prevenir uma série de problemas:

  • Riscos de ataques hackers;
  • Dificuldade em comprar ou vender os tokens;
  • Manipulações de preço por grandes investidores;
  • Resgate de dinheiro por parte dos provedores de liquidez.

Mercados com baixa liquidez estão mais sujeitos a ataques, tanto no preço quanto nas redes em si. Esses ataques podem causar um enorme prejuízo financeiro aos detentores dos tokens. Sem liquidez, um grande investidor pode juntar alguns milhares de reais ou dólares e manipular facilmente o preço de um token.

Vejamos como exemplo o mercado de Bitcoin (BTC). Ele movimenta bilhões de dólares todos os dias e possui negociações em praticamente todas as exchanges do mundo. Isso faz com que um colapso total em seu preço seja praticamente impossível de ocorrer. Também é um dos fatores que faz o BTC poder ser negociado em praticamente qualquer lugar.

Yield Farming

Um dos objetivos das DeFi é trazer serviços financeiros tradicionais para o mercado de criptomoedas. E uma das ferramentas que possibilitam isso é o sistema de yield farming. De forma resumida, ele é uma maneira que o investidor pode utilizar para ganhar mais tokens DeFi sem precisar minerar ou fazer operações de trade.

O yield farming funciona de maneira similar a investimentos que rendem juros. Dessa forma, ele é capaz de produzir uma renda passiva para os holders de tokens. Apesar dessa explicação parecer simples, o processo envolve operações relativamente complexas. E para evitar confusão, vamos trazer um resumo detalhado, porém acessível, dessas operações.

Como funciona

De certa forma, o processo de yield farming tem semelhanças com a mineração via Prova de Participação (PoS). Por exemplo, os detentores de tokens DeFi deixam os seus tokens bloqueados em uma plataforma. Com isso eles recebem rendimentos em troca da imobilidade desses tokens. Muitos yield farmings oferecem rendimentos na casa dos dois dígitos ao ano, maiores do que a maioria das aplicações de renda fixa tradicional.

Apesar das semelhanças, o yield farming é bastante diferente. Nele não existe a figura do “minerador”, pois os tokens não são minerados. Os LPs também fazem parte do yield farming, dando liquidez para o pool. Em troca, são remunerados com recompensas ou pagamento de juros. Eis alguns exemplos de protocolos que permitem isso:

Cálculo dos retornos

Os juros pagos nesta modalidade geralmente são calculados em termos anuais. Assim, um yield farming que paga 10% significa que o investidor terá 10% de retorno após um ano de investimento. Existem duas principais métricas utilizadas no cálculo dos retornos anuais:

  • Taxa de Porcentagem Anual (APR, na sigla em inglês);
  • Rendimento Percentual Anual (APY, na sigla em inglês;

Apesar dos nomes semelhantes, existe uma diferença importantíssima entre ambas. Um pool que utiliza a APY leva em conta o efeito dos juros compostos no rendimento. Já um pool que utiliza APR opera com base em juros simples. E a escolha entre ambas pode ter um forte impacto nos rendimentos obtidos.

No caso de juros simples, é cobrada uma porcentagem sobre o valor do principal. Apenas como exemplo, imagine um yield farming com APR de 10% ao ano. Um investidor aplica 10 COMP nela, o que daria um rendimento anual de 10%. Assim, ele ficaria com 11 COMP no primeiro ano, 12 no segundo, etc. O cálculo é feito com base apenas no valor principal.

Já no modelo de APY, o cálculo dos juros leva em conta não só o valor aplicado, mas a soma dos juros que já foram pagos. No mesmo exemplo, o investidor que iniciar com 10 COMP teria 11 COMP no primeiro ano, 12,1 no segundo, 13,3 no terceiro, e assim por diante. Isso porque os juros incidem sobre todo o valor acumulado, o que traz retornos exponenciais em relação ao APR.

Um dos protocolos mais conhecidos desse mercado é o yearn.finance (YFI). Lançado em 2020, ele é um agregador que permite aos investidores realizar operações automatizadas em DeFi. Seu objetivo é maximizar os lucros dos investimentos, algo que de fato vem acontecendo. Nos últimos 12 meses, o token YFI teve uma forte valorização, chegando a custar mais caro que o BTC.

Vantagens e riscos do yield farming

As operações de yield farming possuem a grande vantagem de fazer os tokens trabalharem para o investidor. Através das DeFi não é preciso deixá-los parados em uma carteira esperando a valorização. Com os juros pagos, é possível gerar uma renda passiva constante e, em muitos casos, acima dos juros pagos nos mercados tradicionais.

No entanto, as operações deste setor não são simples. Muitas estratégias requerem conhecimento avançado para serem executadas. Além disso, é preciso ficar atento aos riscos do protocolo. Qualquer erro, seja do projeto ou cometido pelo próprio usuário, pode levar a uma perda total do dinheiro investido.

Outro ponto é que os retornos não são estáveis, mas variam de acordo com o mercado. Novamente, a liquidez tem uma grande influência nesse processo. Os yield farmers – nome dado aos usuários que participam do processo – possuem um alto grau de mobilidade. Eles estão sempre em busca dos projetos que oferecem os melhores rendimentos. Mas também é preciso verificar quais oferecem o maior grau de segurança para um investimento de longo prazo.

Por CriptoFácil

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