Um relatório publicado pela PwC e a Elwood Asset Management Services mostra que os fundos de hedge de criptoativos captaram mais de US$ 2 bilhões (R$ 11,5 bilhões) em 2019. O valor foi o dobro do US$ 1 bilhão (R$ 5,75 bilhões) captado no ano anterior.
O total de fundos com mais de US$ 20 milhões (R$ 100 milhões) em ativos aumentou de 19% em 2018 para 35% no ano passado. Já o valor médio sob gestão aumentou de US$ 21,9 milhões (R$ 125 milhões) para US$ 44 milhões (R$ 252 milhões).
Fundos quantitativos se destacaram
A PwC e a Elwood classificaram os fundos de hedge de acordo com quatro estratégias amplas de fundos. Os fundos longo discricionário tendem a ter períodos mais longos para os investidores. Os fundos long/short discricionário seguem estratégias híbridas.
Ademais, há os fundos quantitativos, que negociam com mais criptomoedas líquidas; e os fundos multi-estratégia, que seguem uma combinação das três primeiras estratégias.
Eles descobriram que apenas os fundos quantitativos representaram quase a metade dos fundos de hedge de criptoativos. Os outros 50% do mercado são formados pelos fundos das outras estratégias.
Em termos de desempenho, os fundos discricionários de longo prazo tiveram o melhor desempenho médio, com um ganho médio de 42%. Por sua vez, os fundos long/short tiveram um desempenho médio e mediano de 33%. Logo após vieram os fundos multi-estratégia (15%), enquanto os fundos quantitativos tiveram um aumento médio de 30%.
Fundos de Bitcoin são a maioria
De forma não surpreendente, a maioria dos fundos negociou Bitcoin (97%) no ano passado. Na ordem, os demais foram o Ether (67%), XRP (38%), Litecoin (38%), Bitcoin Cash (31%) e EOS (25%).
“Apesar de não termos pedido para os fundos classificarem suas altcoins mais negociadas por valor de mercado, certamente é interessante notar que o Litecoin foi mencionado pelos fundos como uma das altcoins mais negociadas, apesar de seu valor de mercado ser relativamente menor do que as demais”, apontou o relatório.