A Lightning Network (LN) tem apresentado soluções bastante inovadoras para o mercado. As recentes fragilidades no mercado de finanças descentralizadas (DeFi) e até de protocolos descentralizados trazem um lembrete: rendimentos exagerados podem ser bons demais para ser verdade.
Nesse sentido, protocolos que ofereciam boas rentabilidades acabaram por enfrentar várias dificuldades. Muitos não honraram seus compromissos, outros bloquearam saques. E claro, há o caso dos ataques hackers, que geralmente causam prejuízos de milhões de dólares.
Para vários maximalistas do Bitcoin (BTC), as DeFi são uma fraude e um risco desnecessário. No entando, Michael Saylor acredita neste mercado. Só que com uma ressalva: as DeFi só poderão prosperar na rede do BTC.
Mais especificamente, Saylor acredita que a Lightning Network (LN) atuará como o futuro centro das DeFi. Nesse sentido, a segunda camada do BTC terá condições de fornecer transações rápidas, baratas e com um grau de segurança muito maior.
E esta visão sobre DeFi no BTC também está crescendo no Brasil. Por aqui, o investidor Diego Kolling ganhou destaque após ensinar como utilizar a LN para potencializar aplicações em DeFi.
DeFi com mais segurança
A declaração de Saylor foi dada em resposta a um artigo da Bloomberg na terça-feira (13). O artigo falava justamente sobre o fim dos rendimentos expressivos em DeFi.
Conforme a matéria explicou, os rendimentos dos protocolos se revelaram “bons demais para ser verdade”. E à medida que os investidores descobriram isso, os protocolos viram seus valores despencar.
Ao compartilhar a matéria, Saylor escreveu o seguinte tuíte:
“A base ética, econômica e técnica para as DeFi é o Bitcoin. A próxima geração de DeFi será criada usando o protocolo Lighting e o BTC Token”, disse Saylor.
Como tal, o CEO da MicroStrategy (NASDAQ:MSTR) tem sido bastante otimista sobre a Rede Lightning, a solução de escalabilidade do BTC. De fato, nem mesmo a forte desvalorização da criptomoeda diminuiu o otimismo do executivo.
Saylor acredita que o BTC é o futuro do dinheiro e, portanto, o protocolo Lightning ajudará a dimensionar as transações com mais eficiência.
“Se você fizer pagamentos e transações em alta velocidade, precisará de uma camada básica que seja sólida eticamente, economicamente e tecnicamente. Então, é isso que o Bitcoin faz. Com isso, os usuários de DeFi mudarão e realizarão bilhões e bilhões de transações em uma segunda camada, como a Lightning”, completou.
Brasileiro endossa visão
Na mesma linha, o brasileiro Diego Kolling, criador do grupo Noderunners Brasil, escreveu uma série de tuítes sobre o uso da LN. Vários deles explicam como rodar o seu nó, mas outros também abordam como receber rendimentos em BTC através da Lightning.
Por meio da Lightning, os usuários utilizam satoshis – menor unidade do BTC – para criar canais e rodar seus nós. De forma bem resumida, este arranjo permitiria oferecer liquidez aos canais e, em troca, ser remunerado por isso.
Acima de tudo, o uso da Lightning significa que não há risco de perder o controle das chaves privadas ou do protocolo ser alvo de hackers. Por contar com a segurança do BTC, a rede é muito mais estável e segura para hospedar estas aplicações.
“O “De” (de DeFi) pressupõe a ausência de intermediários. E se em nenhuma outra blockchain você roda o seu próprio nó nem mantém as suas chaves para a obtenção de um yield, então sempre haverá intermediários”, alerta Kolling.