A AllianceBernstein é uma gestora de investimentos global com sede em Nova York. A empresa possui cerca de US$ 631 bilhões em ativos sob gestão, ou R$ 3,2 trilhões na cotação atual.
Na sexta-feira (4), um de seus estrategistas admitiu que “mudou de opinião” sobre o Bitcoin. Trata-se de Fraser-Jenkins, codiretor da equipe de estratégia de portfólio da empresa.
Após ter desdenhado da criptomoeda, Jenkins voltou atrás. Em uma carta emitida aos clientes da AllianceBernstein, ele passou a recomendar uma pequena alocação de portfólio em BTC.
Bitcoin como proteção de carteira
Em sua carta, Jenkins recomenda que os investidores adicionem uma pequena quantidade de Bitcoin a suas carteiras.
Segundo ele, isso deve ser feito quando o retorno mensal médio do Bitcoin for superior a 3%.
“A alocação resultante para o Bitcoin é baixa, mas dentro dessa estrutura de otimização simples, a alocação para algumas outras classes de ativos é zero. Portanto, nesse contexto, o BTC parece empiricamente ser potencialmente significativo”, escreveu Fraser-Jenkins.
A correlação do Bitcoin com outros ativos importantes aumentou este ano, mas isso não é um problema. Jenkins ressaltou que o Bitcoin é um ativo líquido e pode ser vendido rapidamente.
Ele também destacou a queda na volatilidade do Bitcoin nos últimos três anos. Tanto a volatilidade absoluta quanto a volatilidade relativa do bitcoin em relação ao ouro e às ações caíram.
Cuidado com o governo!
No entanto, Jenkins também deixou um alerta aos investidores. Para ele, é preciso ter cuidado com as ações que o governo pode tomar contra as criptomoedas.
O estrategista destacou que “o papel maior que os governos provavelmente desempenharão nas economias torna as criptomoedas potencialmente mais atraentes”.
No entanto, isso também pode “atrapalhar as criptomoedas”. Especialmente se elas se tornarem um obstáculo à implementação de suas políticas.
“Se elas atrapalharem a implementação de políticas, os governos podem tentar restringi-las”, escreveu Jenkins.
A fala do estrategista da AllianceBernstein ecoa advertências de outros investidores. Um deles foi Ray Dalio, fundador e co-presidente do maior fundo de hedge do mundo, Bridgewater Associates.
Dalio tem sido bastante crítico do Bitcoin, mas ele recentemente reviu sua postura. O investidor alertou que os governos vão “proibir o Bitcoin se ele continuar a crescer e começar a se tornar material”.
Por enquanto, a maioria dos países do mundo permite negociações com Bitcoin. A criptomoeda é classificada como ilegal em oito países:
- Afeganistão;
- Argélia;
- Arábia Saudita;
- Bangladesh;
- Bolívia;
- Macedônia do Norte;
- Paquistão;
- Vietnã.