A ex-secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, tornou-se a nova primeira-ministra do país nesta segunda-feira (5). Truss venceu o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak e é a nova líder do partido Conservador.
Como o partido detém a maioria atual da Câmara dos Comuns, seu líder é automaticamente o primeiro-ministro britânico. Liz Truss é a terceira mulher a ocupar o cargo, depois de Theresa May e Margaret Thatcher.
Agora, o Reino Unido terá como líder do governo uma defensora da regulamentação das criptomoedas no país. Em 2018, Truss não apenas defendeu a regulamentação, como disse que esta deveria ser “livre”, ou seja, não deveria restringir o desenvolvimento do setor no país.
“Devemos acolher as #criptomoedas de uma forma que não restrinja seu potencial. Liberar áreas de livre iniciativa removendo regulamentações que restringem a prosperidade”, disse Truss em 2018. Na época, ela era secretária-chefe do Tesouro britânico.
Conforme noticiou o CriptoFácil, o Reino Unido implementou diversas iniciativas para liderar o setor de blockchain a partir de 2018. O país adotou a tecnologia para o rastreio de carnes, por exemplo, e também no sistema bancário local.
Até 2019, o Reino Unido era um dos líderes em iniciativas de blockchain na Europa. No entanto, Liz Truss não voltou a se manifestar a respeito de suas posições em relação à tecnologia blockchain ou às criptomoedas.
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Sobre a votação
Liz Truss se tornará a próxima primeira-ministra do Reino Unido após derrotar Sunak em uma disputa para liderar o Partido Conservador. O ex-líder do partido, Boris Johnson, renunciou ao cargo e, como resultado, deixou de ser o primeiro-ministro.
Após uma série de votações internas, a eleição do novo premiê ocorreu com os votos dos filiados ao partido Conservador. Nesta eleição, Truss obteve 81.326 votos, enquanto Sunak obteve 60.399.
Com a eleição, Truss assumirá oficialmente o cargo na terça-feira (6), quando se apresentará à rainha Elisabeth II. Ao mesmo tempo, Boris Johnson deixará o posto de primeiro-ministro interino, que ele mesmo assumiu após sua renúncia enquanto o partido escolhia seu substituto.
A campanha de Truss prometia um plano para impulsionar o crescimento econômico e “colocar a Grã-Bretanha de volta nos trilhos” após sua saída da União Europeia. Nesse sentido, a tecnologia blockchain pode exercer um papel fundamental.
Em 2020, ano em que o Reino Unido finalmente deixou a União Europeia, Truss – que era ministra do Comércio na época – disse acreditar que o país poderia “criar grandes oportunidades em áreas como blockchain”.
Uma incógnita futura Apesar dessas duas declarações, Truss não falou muito sobre criptomoedas ou blockchain e não fez propostas políticas concretas sobre essas questões. Seu adversário, Rishi Sunak, tinha como objetivo claro durante a campanha transformar a ilha em um hub de criptomoedas.
Por outro lado, Truss não falou mais nada neste aspecto. Portanto, não está claro se Truss apoiará e levará adiante os planos de Sunak.
Antes de renunciar ao cargo de ministro das Finanças, Sunak abriu caminho para uma nova lei de Serviços e Mercados Financeiros que poderia trazer criptomoedas focadas em pagamentos, como stablecoins, no escopo da regulamentação.
O projeto visa “cortar a burocracia” e liberar o setor financeiro para o crescimento após o Brexit. Sunak elaborou o projeto em parceria com John Glen, ex-secretário econômico do Tesouro, John Glen,
Truss disse anteriormente que, como primeira-ministra, apoiaria um plano controverso no projeto de lei que daria aos legisladores o poder de intervir quando sentirem que os reguladores estão retendo as reformas pós-Brexit.