Dados da Luxor Mining, um provedor de análise de mineração de criptomoedas, mostram que nas últimas 14 semanas consecutiva os preços de todos os equipamentos de ponta para mineração de Bitcoin estão em queda livre.
Em sua análise, a equipe dividiu os mineradores em três níveis de eficiência para computar os dados de seu estudo e revelou que em todos eles há quedas.
De acordo com a companhia, em 20 de abril, o nível de menos de 38 joules/TH ASIC estava em US$ 77,15/TH (-2,5%). Enquanto isso, o nível de 38 a 68 J/TH estava em US$ 49,08/TH (-2,8) e acima de 68 J/TH a US$ 20 (-5%).
Nesse sentido, a empresa destacou que espera que a tendência continue e que os preços das plataformas de mineração tendam para os mínimos pós-banimento da China no verão passado.
A Luxor Mining acrescenta que o preço do Bitcoin precisa subir em 2022, para que a dificuldade aumente. Dessa forma, o “retorno” da mineração não ficará ainda menor que nos níveis atuais.
“O hash price provavelmente continuará a cair até que recue para US$ 0,10/TH/dia e/ou dígito único no próximo ano, o que é ruim para os mineradores”, afirmou.
Mineração
Recentemente, o empresário e bilionário mexicano Ricardo Salinas Pliego abandonou seus planos de se aventurar na mineração de Bitcoin (BTC).
Segundo ele, há incerteza na questão tributária, o que implicaria em riscos de perdas em investimentos que ele não estaria disposto a correr.
Além disso, ele afirmou que, em vez de minerar Bitcoin, é muito mais vantajoso comprar a criptomoeda.
“Decidi que o que vou fazer é comprar mais Bitcoins. Vamos deixar os mineradores minerarem. (…) Sou investidor e o que vou fazer é comprar meus Bitcoins.”, afirmou.
De acordo com Salinas Pliego, se uma mineradora de Bitcoin não tiver sua produção ‘vendida’ haverá grandes prejuízos operacionais, contábeis e fiscais. Afinal, nenhuma receita será obtida.
“Você minera Bitcoin, deixa no inventário e não teve renda. Você vai para as despesas: a depreciação das máquinas de mineração, a operação, a energia, os trabalhadores…”, disse.