Um novo documento revelado recentemente está lançando luz sobre como a Ripple planeja se defender da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
O regulador acusa a empresa de ter vendido ilegalmente o token XRP como um valor mobiliário não registrado.
Agora, segundo o documento, o preço do XRP ao longo dos anos pode desempenhar um papel fundamental na defesa de Ripple.
Preço do XRP pode ajudar na defesa
De acordo com o Yahoo Finance, fontes com conhecimento da estratégia legal do Ripple afirmam que a empresa planeja mostrar que as notícias sobre a Ripple não tiveram impacto no preço do XRP.
Um exemplo importante é o dia 19 de junho de 2019. Na ocasião, o XRP negociou lateralmente enquanto a Ripple anunciava uma parceria estratégica com a gigante de pagamentos MoneyGram.
Segundo o CoinMarketCap, o XRP começou o dia 19 cotado a US$ 0,4288 e terminou em US$ 0,4368. Nos três dias que se seguiram, mais precisamente em 22 de junho, o XRP atingiu um pico de US$ 0,5055.
Além da estratégia de usar o preço como forma de provar que a Ripple não controla o XPR e que ele não é um valor mobiliário, a empresa também planeja destacar que seus produtos de pagamento que não têm nada a ver com XRP.
O objetivo é mostrar que seu modelo de negócios não depende de um token.
Nesse sentido, a Ripple também deve sustentar que a empresa existia “anos antes da criação do XRP”. Além disso, irá afirmar que, atualmente, tem uma liquidez saudável nos mercados de criptoativos. E isso não tem nada a ver com o XRP.
Paralelamente, a empresa argumentará que as vendas do criptoativo são muito pequenas em comparação com o volume geral de negociação do XRP.
Por fim, a Ripple dirá que o XRP foi vendido sem que os compradores percebessem que estavam comprando da Ripple. E isso, segundo a empresa, significa que a transação não poderia ser um contrato de investimento.
Uma conferência pré-julgamento sobre o caso foi marcada para 22 de fevereiro na sede da SEC. Portanto, este será o primeiro “teste de fogo” para a empresa.